Os médicos encabeçados pela Associação Medica de Moçambique (AMM) decidiram, no domingo, 20 de Agosto, prorrogar a greve por mais 21 dias. O Governo, através do Ministério da Saúde, lamentou, na segunda-feira, 21 de Agosto a decisão dos profissionais de saúde, tendo na ocasião garantido que vai dar continuidade de serviços de saúde a população.
O Governo e os médicos continuam de costas voltadas. Face a esta situação, o Sistema Nacional de Saúde caminha a passos largos do colapso. Longe dos discursos ameaçadores, o Ministério da Saúde veio ao terreno referir que vai continuar a garantir os serviços de saúde à população.
“Não obstante os desafios que estas paralisações laborais impõem no setor da Saúde, o Governo vai garantir a continuidade de serviços de saúde à população. O Ministério da Saúde continuará a disponibilizar regularmente informação relevante sobre o funcionamento dos serviços de Saúde. Nestes termos, apelamos à sociedade em geral para o uso de fontes oficiais de informação”, lê-se no comunicado tornado público pelo MISAU.
O pelouro liderado por Armindo Tiago reiterou, por outro lado, que vai continuar a privilegiar o diálogo com médicos com vista a encontrar soluções conjuntas para os desafios do sector da saúde, lamentado a decisão dos profissionais de saúde de prorrogar a greve por mais 21 dias.
“O país regista desde o dia 10 de julho de 2023 uma greve promovida pela Associação Médica de Moçambique. O Governo lamenta que a AMM tenha tomado a decisão de mais uma vez prolongar a greve, apesar dos progressos alcançados na resolução das reivindicações constantes no seu caderno reivindicativo. Adicionalmente, a Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique promove uma greve de outros profissionais de saúde desde o dia 20 de agosto, ainda que as suas reivindicações estejam a ser atendidas no contexto do quadro legal vigente”, referiu o MISAU.
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