A Frelimo venceu em 64 para 65 autarquias. Todavia, no grosso dos municípios o partido no poder recorreu fraude para suplantar os seus adversários. Depois das organizações da sociedade civil terem vindo ao terreno referir que as VI eleições não forma livres justas e transparentes, o Alto Comissariado do Canadá, a Embaixada da Noruega e a Embaixada da Suíça emitiram um comunicado conjunto mostrando preocupação face aos ilícitos eleitorais registados em quase todo território nacional.
Em representação da comunidade internacional, os três países apelam as instituições da justiça para analisarem os recursos interpostos pelos partidos da oposição com vista a garantir confiança do processo democrático.
“Apelamos a todas as partes para que canalizem as suas reivindicações através dos mecanismos apropriados e estabelecidos no quadro jurídico moçambicano e que as instituições relevantes tramitem-nas de acordo com a lei em vigor com vista a garantir confiança na integridade do processo democrático”, le-se no comunicado
A Polícia da Republica de Mocambique destacou-se, mais uma vez, pelo excesso de zelo no seu modus operandi no dia da votação e durante a contagem dos votos. Baseando-se nos relatos de agressões e detenções arbitrarias, o Alto Comissariado do Canadá, a Embaixada da Noruega e a Embaixada da Suíça apelam a defesa dos direitos humanos e, por outro lado, exortam a Comissão Nacional de Eleições e Secretariado Técnico de Administração Eleitoral para garantirem um processo eleitoral transparente e justo
“As eleições são a pedra angular da democracia. É essencial garantir que as mesmas sejam realizadas de forma pacífica, transparente e ordeira”, concluem.

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