United Bank for Africa – UBA, participou na XIX edição da Conferência Anual do Sector Privado (CASP), realizada, entre os dias 15 e 17 de Maio em Curso, no Centro Internacional de Conferencias Joaquim Chissano, em Maputo. Na edição que tinha como tema central “Investimentos e Negócios em Ambiente das Medidas de Aceleração Económica”, o UBA participou em vários painéis com destaque para Reflexão sobre empoderamento das mulheres nos negócios e Oportunidades de Financiamento e Investimento.
No Painel que reflectiu sobre o empoderamento das mulheres nos negócios, Benjamin Okonkwo, representante da Fundação Tony Elumelu (maior plataforma de empreendedorismo para Jovens de África e apoio as mulheres) falou da necessidade de se destacar acções das mulheres africanas.
“Acho que estamos a falar pouco, muito pouco sobre os progressos alcançados, histórias contadas não refletem a real perspectiva das mulheres que estão coisas incríveis em África”, disse Benjamin Okonkwo para depois explicar a missão da Fundação presidida pelo Tony Elumelu.
“A missão da Fundação está enraizada no Africapitalismo ou seja o não podemos deixar a questão do desenvolvimento apenas nas mãos dos nossos governos, países doadores e organizações filantrópicas. O sector privado deve estar envolvido no negócio do desenvolvimento, posiciona o sector privado e, mais importante ainda, os empresários como o catalisador para o desenvolvimento social e económico do continente africano. A capacidade da Fundação de financiar, formar, orientar e estabelecer contactos com jovens empreendedores africanos criou uma plataforma única para catalisar o crescimento em todo o continente africano”.
Convidado a falar das acções daquela fundação em Moçambique Benjamin Okonkwo disse que o foco está no empreendedorismo verde.
“O nosso modelo é simples. Até agora temos 30 mulheres, 30 mulheres empreendedoras que selecionamos em Moçambique e todas elas receberam um capital inicial de 5.000 dólares, o que é mais específico para o empreendedorismo verde, pelo que terão acesso a formação, terão acesso a formação, terão acesso a mentoria e terão acesso a um capital inicial de $5000, este continua a ser o nosso modelo, a única diferença é que estamos a concentrar-nos mais no sector, estamos agora a concentrar-nos mais em áreas chave onde acreditamos que os nossos parceiros têm interesse.”
No Painel de alto nível onde foram discutidas Oportunidades de Financiamento e Investimento o UBA e o Banco Africano de Investimento apresentaram as oportunidades para todos os sectores.
Na sua intervenção, Adeyemi Adeleke, Director Executivo Regional do UBA para a África Oriental e Austral, falou do Impacto da Parceria Público privado no financiamento as Pequenas Medias empresas.
“A pobreza em qualquer lugar é uma ameaça para todos em todos os lugares, a erradicação da pobreza deve ser uma responsabilidade colectiva. A transformação de África é tarefa de todos (sector privado e Governo). As MPME são de alta prioridade para os governos absorverem a crescente força de trabalho global Nos mercados emergentes, representam 7 em cada 10 empregos formais, nas economias emergentes, as PME geram rendimentos entre 70% e 95% das novas oportunidades de emprego”.
UBA pretende reforçar compromisso com o sector privado em Moçambique
Numa outra abordagem Adekele referiu que “o UBA Moçambique assinou recentemente uma parceria com a CTA para financiar e capacitar o sector das MPME em Moçambique. A meta é emprestar até US$ 50 milhões em 2024 e o mesmo valor nos próximos 3 anos. Centrado no desenvolvimento de MPMEs em Moçambique em todos os sectores, com áreas prioritárias agro-processamento, Automóvel, farmacêutica, transporte e logística. ”.
Nas entrelinhas, Director Executivo Regional do UBA para a África Oriental e Austral referiu que acredita no desenvolvimento do continente africano, sobretudo, na erradicação da pobreza.
“Em primeiro lugar, o UBA acredita que o desenvolvimento de África está nas mãos dos africanos. O segundo é o facto de que, as micro, pequenas e médias empresas, dado o facto de que em termos de quantum de tempo, em termos de contribuição para o PIB, em termos de erradicação da pobreza, em termos de inclusão financeira, esta é uma área muito importante da economia, não apenas para Moçambique, mas para todos os países em África, pela extensão dos 20 países africanos que o UBA tem em África. ”
Por seu turno, o Director Executivo do UBA Moçambique, Pedro Maranguene, declarou que a instituição por si representada no país pretende reforçar o compromisso com o sector privado e suprir necessidades de tesouraria.
“Viemos reforçar o compromisso que temos com o sector privado, através de linha de credito para financiamento a curto, médio e longo prazo. Temos como alternativa de financiamento, o desconto de facturas para suprir as necessidades de tesourarias assim como o Mercado de Capitais, através da emissão de acções, obrigações e papeis comerciais. ”
Refira-se que United Bank for Africa Plc (UBA) é uma instituição financeira pan-africana líder, que oferece serviços bancários a mais de trinta e sete milhões de clientes, em 1.000 escritórios comerciais e pontos de contacto com clientes em 20 países africanos.
Facebook Comments