O general Alberto Chipande, um dos mais destacados membros da Frelimo, acaba de esclarecer, através da sua fundação, não ter nada a ver com as actividades ilícitas praticadas pelo cidadão zairense Christian Malanga, morto, há dias, na República Democrática de Congo (RDC) enquanto liderava uma tentativa fracassada e (até) inusitada de golpe de estado contra o regime de Félix Tshisekedi.
Imagens de vídeo postas a circular em Moçambique logo após a tentativa fracassada de golpe de estado na RD do Congo, mostram o general Alberto Chipande, um destacado membro da Frelimo e patriarca do clã maconde – actualmente no poder – reunido por duas ocasiões com Christian Malanga e sua delegação.
Numa das ocasiões, o video mostra Christian Malanga, que em 2022 registou pelo menos duas empresas do sector mineiro que opera mem Manica e Cabo Delgado, a entregar um presente de seis laptops para o general e em seguida anuncia uma doação de carca de 100 mil dólares américanos à Fundação Alberto Joaquim Chipande, o que suscitou imediatamente reações negativas na opinião pública moçambicana.
Dada a repercursão negativa, Alberto Chipande, através da sua Fundação, vincou que não tem nenhuma relação com as acções ilícitas de Christian Malanga.
“A Fundação, reitera que não tem qualquer vínculo com as acções ilícitas do (Sr) Christian Malanga, bem como, reafirma o seu compromisso com os valores de promoção da paz, legalidade e desenvolvimento social”, refere a fundação.
Ademais, a nota da funcação assinada pelo seu patrono, Alberto Chipande, encorraja as autoridades a investigar todas acções ilícitas praticadas pelo congolês em Moçambique.
“Nestes termos, a Fundação encoraja as autoridades a investigar a fundo a entrada e as eventuais atividades ilícitas praticadas pelo sr Malanga no solo pátrio, garantindo que qualquer infração seja punida nos termos da lei. A Fundação, reafirma o seu compromisso com a transparência e integridade, distanciando-se de quaisquer ações que possam comprometer a sua missão e reputação. (…) A Fundação repudia veementemente qualquer acto violência ou tentativa de alteração da ordem constitucional por meios ilegais”, sublinha.
A nota esclarece ainda que a Fundação Alberto Joaquim Chipande, recebeu Christian Malanga, em Setembro de 2023, em reposta ao seu pedido, tendo se apresentado como empresário residente no Reino de Eswatini, interessado em conhecer as actividades da Fundação.
“Nas verificações preliminares, apurou-se que tinha passagem por vários países e contactado autoridades políticas respeitáveis, incluindo o Vaticano, Reino Unido, entre outras. Na época, não havia indícios de envolvimento em actvidades ilicitas”, descreve a fundação Chipande, destacando que recebeu Malanga de boa-fé, assim como tem recebido outras entidades nacionais e internacionais.
Refira-se que Lutero Simango, presidente do MDM, foi das primeiras figuras políticas a reagir e sugeriu que o “homem do primeiro tiro da Luta e Libertação Nacional” deve ser chamado pelo Conselho de Segurança para explicar as relações com Malunga visto que esta situação pode colocar em causa a cooperação de Moçambique com os demais países.
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