SP acusada de promover demissões arbitrárias e minar ambiente de trabalho em Marracuene

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Volvidos três meses após a exoneração de Shafee Sidat do cargo de administrador do Distrito de Marracuene, reina um ambiente de cortar à faca entre os funcionários a Secretária Permanente (SP), Nércia Mambo, por sinal protegida pela elite da Frelimo na província de Maputo. Os queixosos acusam de Mambo de demissões arbitrárias e de ter resgatado esquemas de terrenos em Marracuene. Na sua versão dos factos, a Secretaria Permanente  refuta as acusações e justifica que não tem competências para admitir muito menos demitir funcionários.

Ahmad Shafee Sidat chegou, viu e venceu como Administrador de Marracuene, tendo mudado a imagem do distrito dos heróis de Gwaza Muthini. No entanto, com a elevação de Marracuene para a categoria de município, Sidat foi chamado para ser o cabeça – de – lista da Frelimo.

Depois de vencer as eleições internas, o homem que colocou Marracuene na rota de desenvolvimento, que foi exonerado pelo Ministério da Administração Estatal e Função Pública que na ocasião explicou que a exoneração do antigo presidente da Federação Moçambicana de Atletismo aconteceu no quadro da movimentação de quadros da Administração Pública em curso no país, na votação que teve lu8gar no dia 11 de Outubro conseguiu granjear a simpatia da população para ser o primeiro edil de Marracuene.

No entanto, poucos nativos sabiam que a exoneração de Shafee Sidat seria motivo de desorganização e descontentamento no Governo de Distrito de Marracuene. Os funcionários estão de costas voltadas com a Secretária Permanente, que com a demora na nomeação do novo admistrador vai dirigindo os destinos do distrito, pelo facto desta minar o ambiente de trabalho através de demissões arbitrárias e recorrentes processos disciplinares aos que confrontam o seu modus operandi.

“O ambiente de trabalho deteriorou-se nos últimos. A saída de Shafee Sidat abriu espaço para algumas pessoas bem identificadas maltrataram os colegas. A Secretária Permanente parece que carrega o mundo pelas costas e não respeita ninguém. Faz e desfaz o ambiente do trabalho deteriorou-se no governo distrital”, disse um funcionário que preferiu falar na condição de anonimato.

De acordo com alguns funcionários afectos ao Governo, nos últimos meses, para além de demissões arbitrárias, Nércia Mambo tem dado processos disciplinares aos trabalhadores que contestam o seu modelo de governação.

“Tivemos colegas que foram expulsos sem justa causa e outros receberam processos disciplinares. É lamentável o que a acontecer. O distrito em si perdeu o brilho e o exemplo disso é o próprio jardim que há meses precisa de limpeza. Dizem que parte o homem e ficam as instituições, mas pelo que estou a ver seria melhor se o Shafee Sidat tivesse permanecido como Governador”.

Mambo diz que não tem competências para demitir ou admitir funcionários

Volvidos três após a exoneração de Shafee Sidat, Marracuene continua sem administrador. Enquanto tarda a nomeação do substituto de Sidat, Nércia Mambo vai fazendo os corredores para granjear a simpatia da elite da Frelimo ao nível da província de Maputo, sendo que há relatos de os mesmos pressionam a liderança máxima do partido para que a Secretária Permanente seja nomeada para o cargo de administradora.

Pesam ainda sobre Mambo acusações de afastar o grosso dos chefes das localidades nomeados no reinado de Shafee Sidat e resgatar esquemas da venda de terrenos no distrito. A título de exemplo, segundo os queixosos, o chefe da localidade de Matalana já foi notificado de que nos próximos dias voltará a ser um cidadão normal, uma vez que será substituído.

Contactada pelo Evidências, Nércia Mambo refutou todas as acusações que tem sido, justificando que com Secretaria Permanente não competências para admitir ou demitir funcionarios, uma vez que são competências exclusivas do Administrador do Distrito.

Ainda na sua versão dos factos, Mambo referiu que nos últimos três meses nenhum funcionário foi demitido. Contudo, reconheceu que um motorista recebeu um processo disciplinar por conduta imprópria, sendo que o mesmo continuar a exercer as suas actividades naquele distrito da província de Maputo.

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