Após a divulgação de informação sobre uma alegada ligação entre a conhecida família de empresários e desportistas, Sidat, ao negócio de fornecimento de consumíveis hospitalares ao Ministério da Saúde (MISAU), através de uma empresa denominada Sidat Office Solutions Lda, uma fonte da família Sidat negou qualquer relação com a referida empresa.
A Sidat Office Solutions, Limitada, é referenciada num estudo do Centro de Integridade Pública (CIP), de 2017, como tendo sido beneficiária de adjudicações na ordem de 7.4 milhões de Meticais para o fornecimento de material e víveres hospitalares ao Ministério da Saúde.
No entanto, segundo o Evidências apurou de fonte ligada à família Sidat (dos irmãos, Rafik, Feizal, Shafee e outros), que a referida “confusão” deriva tão simplesmente da coincidência de apelidos, pelo que se distancia de qualquer ligação com a Sidat Office Solutions Limitada.
Ademais, a fonte acrescenta que os irmãos Sidat nunca estiveram associados a qualquer negócio de fornecimento de consumíveis hospitalares ao Ministério da Saúde, pois o seu principal sector de actuação é o fornecimento de soluções informáticas, produtos gráficos, conceção de softwares, entre outros serviços.
Com efeito, compulsados os sócios da Sidat Office Solutions Limitada, nomeadamente, Ismail Adam Sidat, Mustaque Ahmed Ismael Sidat e Ata-Ullah Ismail Sidat, conclui-se facilmente que, embora tenham o mesmo apelido, nenhum deles tem ligação com os irmãos Sidat ligados ao desporto e a negócios na área de papelaria e gráfica.
Enquanto Mustaque, Ahmed e Ata-Ullah partilham o nome de pai Ismail com “i”, os irmãos Sidat tem como pai Ismael, nesse caso com “e” e, ao que apuramos, embora tenham mesmo apelido, os dois grupos não só não tem nenhuma ligação de parentesco, como também não são próximos.
Refira-se que família Sidat tem estado sob escrutínio público e da imprensa, desde que começou, esta semana, a circular informação sobre beneficiários efectivos de adjudicações feitas pela Direção Nacional do Património, divulgando os valores alocados a 41 empresas pelo fornecimento e prestação de diversos bens e serviços a diversas entidades estatais, entre 2023 e 2024.
Em nota de esclarecimento divulgada pela TV Sucesso, os irmãos Sidat que através das empresas Artes Gráficas e Papelaria Académica fornecem equipamentos, soluções informáticas, softwares e material eleitoral ao Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), esclareceram que contrariamente ao que teria sido anteriormente veiculado, o valor da adjudicação não é repartido pelos sócios, mas sim para suprir, em parte, os custos da operação, que inclui aluguer de aviões para o transporte dos materiais.
De forma detalhada, a Artes Gráficas refere no referido comunicado que o valor serve para a importação de equipamentos informáticos, tais como servidores mobiles ID’s, painéis solares, bactérias, entre outros; hardware e softwares, material estacionário, cartões PVC, fretamento de aviões 747 Cargo, provenientes da China e França, para a colocação atempada do material e equipamento no território nacional.
Mas não para por aí. O valor, segundo comunicado da Artes Gráfica, serve ainda para formação, logística Interna, deslocação e alocação de técnicos em todo o país. Ademais, esclarece que tem estado a fornecer estes serviços não obstante o facto do STAE estar a enfrentar dificuldades para pagar na totalidade o valor do contrato, graças à sua experiência e relacionamento saudável com o seu fornecedor externo que aceitou forncecer os equipamentos à vista sem que, no entanto, até a presente data, tivesse recebido parte substancial do pagamento.
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