O Afrobarómetro, uma rede de sondagens pan-africana e não partidária que disponibiliza informação sobre as experiências e a avaliação da democracia, governação e qualidade de vida no continente, revela que 51% dos moçambicanos estão frustrados com a implementação da democracia, sendo que no continente africano mais da metade da população, ou seja, 53% aceitam golpes de Estado em caso dos líderes serem autoritários.
Moçambique e Angola constam do rol dos países em que a população tem menos preferência pelo regime democrático. Se por um lado, no país presidido por Filipe Nyusi, 51% dos inquiridos mostraram insatisfação com a implementação da democracia.
Por outro, na nação agora liderada por João Lourenço apenas 53% da população está a favor da democracia, ou seja, 53% dos angolanos estão frustrados com o actual modelo de governação.
Em Cabo Verde, outro país da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), 66% da população tem preferência pela democracia.
Entretanto, apesar da insatisfação pela implementação da democracia, os moçambicanos assim como angolanos, com 61% e 66% da população, respectivamente, estão contra os regimes militares, sendo que ao nível continental, mais de metade dos africanos, 53%, aceitam um golpe militar se os líderes “abusarem do poder para si próprios”.
No que a corrupção diz respeito, 52% dos moçambicanos consideram que o fenômeno que lesa os cofres do Estado anos pôs ano aumentou em 2023.
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