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Apresentou queixa crime e exige indemnização de mais de um bilhão de meticais

Depois das informações postas a circular dando conta de que fez desaparecer um flash (USB) do Instituto Nacional de Petróleo (INP) contendo informações confidenciais da TotalEnergies e que passa mais tempo nos debates do que no trabalho, chegando, supostamente, ao ponto de ameaçar os dirigentes da instituição alegadamente por seu próximo do Presidente Nyusi, Gil Aníbal decidiu, semana finda, apresentar uma queixa crime contra o Instituto Nacional de Petróleos e alguns dos seus dirigentes, exigindo uma compensação de mais de um bilhão de meticais.

O Instituto Nacional de Petróleo (INP) e Gil Aníbal, membro da Frelimo que nos últimos anos se notabilizou na defesa de Filipe Nyusi em vários fóruns, estão em rota de colisão e o caso vai agora se arrastar pelos tribunais.

Por entender que foram cometidos vários tipos de crime contra si, com destaque para calunia e difamação, devido a exposição na imprensa de informações sobre um suposto processo disciplinar que corre contra si, Gil Aníbal decidiu apresentar uma queixa crime contra os membros da direcção do Instituto Nacional de Petróleo e os seus colegas.

No entender de Aníbal, alguns membros da administração do Instituto Nacional de Petróleo abusaram de suas posições para promover calúnia, difamação, perseguição e conspiração interinstitucional, sendo que acusa os colegas dos mesmos crimes.

Em caso da justiça decidir ao seu favor, Aníbal que é candidato a candidato a deputado da Assembleia da República, tem tudo para engrossar a lista dos empresários em Moçambique.

Perante a esta situação, Aníbal pede uma indemnização de um metical por cada ano de serviço prestado ao INP o que, de certa forma, poderá totalizar 1,25 bilhões de meticais, sendo que o superior hierárquico da Direcção de Avaliação de Recursos do INP também deverá de forma isolada pagar uma quantia de 250 milhões de meticais em caso de condenação.

Por outro lado, exige que o Instituto Nacional de Petróleo instaure um processo disciplinar contra os membros do Conselho de Administração, com uma multa de 0,5 meticais por cada ano de serviço prestado à Direcção de Avaliação de Recursos do Instituto. O valor total de aproximadamente 8 meticais corresponde aos 8 anos de serviço na instituição.

Segundo a queixa crime que o Evidências teve acesso, Gil Aníbal decidiu processar os membros da direcção do INP, apoiando-se na exposição indevida da instituição em assuntos que considera não serem pertinentes.

Antes da queixa-crime, Gil Aníbal submeteu uma exposição de 10 páginas no gabinete do PCA do INP, Nazário Bangalane, apresentando mensagens enviadas por seus colegas na plataforma WhatsApp.

Ainda na referida carta, Aníbal revelou que estava a sofrer perseguição que começou quando foi impedido de aceder às instalações do Instituto Nacional de Petróleo desde Março passado, onde as suas credenciais biométricas foram limitadas entre 7h00-16h00, ou seja, o período normal do expediente naquela instituição chancelada pelo Ministério dos Recursos Minerais e Energia.

Refira-se que, segundo escreveu o semanário Canal de Moçambique, há dias, Gil Aníbal é acusado pela direção do INP de estar a usar o facto de ser comentador afecto ao gabinete de propaganda da Frelimo para faltar ao trabalho e simplesmente receber de graça.

Segundo consta da referida matéria, Gil Aníbal terá chegado a ponto de ameaçar diretores e administradores de informar sobre eles ao partido para serem demitidos se continuassem a exigir-lhes pontualidade e assiduidade.

Terão sido estes comportamentos, segundo o jornal, que levaram a direção do INP a abrir um processo disciplinar contra este, acusado de fraco desempenho profissional, baixos níveis de assiduidade e falta de respeito para com os seus superiores hierárquicos, caracterizado por manifesta insubordinação.

Terá sido o vazamento deste processo disciplinar e a acusação de roubo de flash que fizeram transbordar o copo.

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