Impasse na CP: Imposição de nomes de Nyusi para o Governo de Chapo atrasa publicação da lista

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Desde as 10 horas de hoje, a Comissão Política da Frelimo encontra-se reunida a analisar a proposta dos nomes que vão compor o Governo de Daniel Chapo, recém-empossado Presidente da República. A demora na divulgação do Executivo, passando-se mais de 48 horas depois da investidura, deve-se a um braço de ferro entre o Daniel Chapo e o ex-Presidente Filipe Nyusi, com este último, que ainda é Presidente da Frelimo a querer impor alguns nomes não consensuais, incluindo alguns ministros do seu desastroso consulado.

Passam já 48 horas desde a investidura de Daniel Chapo como 5º Presidente da República, mas ainda não são conhecidos os rostos do novo Executivo. Em causa está uma falta de consenso entre o “ex” e o actual Presidente em relação aos nomes que devem compor o novo Governo.

A Comissão Política da Frelimo está reunida desde as 15 horas para analisar proposta de Governo de Chapo, que prometeu uma reforma profunda e várias mudanças nos paradigmas de governação.

No entanto, o seu desejo de colocar pessoas competentes, capazes de responder a um contrato programa com metas mensuráveis pode esbarrar no poder de Filipe Nyusi, presidente da Frelimo, que continua a liderar a Comissão Política, e ao seu estilo ditatorial – como, de resto, se vê nas reuniões da CP e Comité Central por si dirigidas – está a impor alguns nomes que não são consensuais.

Evidências apurou pelo menos quatro nomes de ministros da sua administração que estão a ser impostos depois de cair uma proposta de um outro ministro seu como Primeiro Ministro.

Acredita-se que ainda hoje, após a reunião fraturante da Comissão Política poderão ser conhecidos os nomes dos ministros que irão inaugurar o primeiro governo de Daniel Chapo.

Refira-se que Daniel Chapo prometeu “fazer diferente para alcançar resultados diferentes” e uma das suas primeiras medidas, anunciadas na investidura, foi a redução do número de ministérios, extinção da figura de vice-ministro e secretários de Estado, ao mesmo tempo em que congelou a compra de viaturas protocolares.

Igualmente, introduziu a obrigatoriedade de cada ministro, PCA e gestor público, a vários níveis, ter contrato-programa com metas claras e mensuráveis, acompanhados de análises públicas de desempenho.

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