Após audição na PGR: VM7 alega desconhecer os crimes pelos quais é acusado

DESTAQUE POLÍTICA

O ex-candidato presidencial das eleições de 09 de Outubro de 2024, Venâncio Mondlane, foi ouvido nesta terça-feira, 11 de Fevereiro, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em Maputo, devido às acusações que pesam sobre ele desde o ano passado, no âmbito das manifestações contra os resultados eleitorais. Entretanto, após sair da PGR, Mondlane afirmou não conhecer os crimes pelos quais é acusado.

A audição durou cerca de 10 horas (das 9h às 18h20). O “presidente do povo” (como se auto-intitula) declarou que a sessão se limitou a perguntas sobre os protestos pós-eleitorais, principalmente quanto ao seu impacto em diversos sectores, sobretudo na economia.

“Foi um encontro normal. O único problema é que, curiosamente, não posso responder a vocês qual é o crime de que sou acusado. Infelizmente, ficamos todas essas horas e não consegui dizer qual crime me é imputado, mas me fiz uma saraivada de perguntas que justificou esse tempo todo. Basicamente, são perguntas relacionadas às manifestações, incitação à violência, prejuízos à economia e todo tipo de distúrbio que teria sido causado pelas manifestações”, explicou.

Após o interrogatório, a Procuradoria-geral impôs uma medida contra VM7, que consiste em limitações de deslocação para exterior, além das obrigações de prestar satisfações à entidade sobre as suas deslocações que excedam 05 dias.

“Foi aplicada uma medida sancionatória ou de limitação, que é o Termo de Identidade e Residência, o que significa que eu não posso-me deslocar sem avisar a Procuradoria. Não posso ficar mais acima de cinco dias fora da minha própria casa.”

Apesar das restrições, VM7 garantiu que continuará a exercer a sua actividade política de normalmente, acrescentando que “a única questão é que todos os movimentos acima de 05 dias devem ser informados à PGR”.

A parte “positiva” da audiência, segundo Mondlane, é que a PGR abriu uma excepção para a apresentação de todos os processos submetidos anteriormente e que ainda não teve resposta, para que possam ter andamento.

“Deram-nos uma oportunidade de levarmos dossiers dos processos que já submetemos à Procuradoria desde o ano passado e que não têm resposta, para que a Procuradoria possa dar o devido esclarecimento sobre o ponto de situação de cada um deles”, disse.

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