Renamo desmente rumores sobre paradeiro e  estado de saúde de Ossufo Momade

DESTAQUE POLÍTICA
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Por: Luísa Muhambe

O porta-voz do partido Renamo, Marcial Macome, veio a público desfazer os rumores que têm circulado nas redes sociais e em alguns meios de comunicação sobre o suposto mal estado de saúde do presidente do partido, Ossufo Momade. Durante um encontro com a imprensa realizado na capital moçambicana, Macome abordou vários assuntos relacionados com a situação atual do principal partido da oposição, demonstrando visível indignação com as notícias falsas que têm sido disseminadas sobre o líder partidário.

A especulação sobre o estado de saúde e paradeiro de Ossufo Momade tem aumentado nas últimas semanas, com alguns rumores a sugerirem que o líder da Renamo estaria em tratamento médico na África do Sul ou até mesmo que teria falecido. Esta situação tem gerado preocupação entre os militantes do partido e incerteza no panorama político moçambicano, especialmente num momento de tensão política no país.

“O presidente da Renamo está muito bem. Há informações que são espalhadas de má fé segundo as quais ele teria perdido a vida na África do Sul, não sabemos com que propósito essas informações são veiculadas. O presidente da Renamo está bem, está em Maputo a trabalhar e quanto à aparição pública, o presidente do partido tem órgãos e ele atinge os seus resultados através dos órgãos”, declarou Macome com firmeza.

As declarações do porta-voz surgem num contexto de crescente preocupação sobre a estabilidade interna do partido, com relatos de encerramento de sedes distritais e provinciais em várias regiões do país. Esta situação tem sido interpretada por analistas políticos como um sinal de possíveis divisões internas, agravadas pela ausência prolongada de aparições públicas do presidente Ossufo Momade, o que tem alimentado ainda mais os rumores sobre o seu estado de saúde e capacidade de liderança.

“Nós também temos acompanhado essa situação com bastante preocupação e está a ser tratada como deve ser porque entendemos que em democracia o que prevalece deve ser a tolerância, respeito pelas opiniões diferentes e o respeito pelas instituições, por isso o encerramento das instituições constitui um atentado à democracia, porque o pressuposto da democracia é que as instituições funcionem e qualquer acto fora disto, é um acto de intolerância”, afirmou o porta-voz.

A crise que a Renamo enfrenta não é um caso isolado no panorama político moçambicano. Diversos partidos têm enfrentado desafios internos significativos, especialmente após os ciclos eleitorais, quando normalmente surgem questionamentos sobre estratégias e lideranças. No caso da Renamo, estas tensões parecem ter-se intensificado nos últimos meses, coincidindo com a reduzida visibilidade pública de Ossufo Momade, o que tem gerado um ambiente propício para especulações.

“A crise é mundial, todo mundo atravessa grandes crises, então com a Renamo não seria diferente, é um partido, uma instituição que vive a conjuntura política e geopolítica do mundo inteiro”, contextualizou Macome, tentando minimizar a percepção de que os problemas enfrentados pelo partido são excepcionais ou particularmente graves.

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