Chapo quer Juventude na liderança na nova era da independência econômica

DESTAQUE ECONOMIA POLÍTICA
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  • Lineu Candieiro defende investimento na juventude para que esta lidere a nova era da independência econômica

O Presidente da República, Daniel Chapo, desafiou, nesta quinta-feira, 19 de Junho, os jovens empresários moçambicanos a liderarem a transformação económica do país, assumindo-se como protagonistas da “segunda libertação”, a da independência económica.  Por sua vez, Lineu Candieiro, presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), que deu exemplos de Mark Zukemberg que se tornaram empresários mundialmente conhecidos ainda na juventude, defendeu que chegou o momento do País deve investir na juventude, dotá-la de ferramentas, confiança e protagonismo para que esta possa liderar a nova era da independência econômica.

Discursando à margem da abertura da Conferência “Independência Económica: 50 anos de Liberdade, 50 Anos de Oportunidades”, promovida pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) de Moçambique, no âmbito da celebração dos 50 anos da independência nacional,o Chefe de Estado reconheceu que o País continua a depender excessivamente da exportação de matérias-primas em bruto, défices em infraestruturas e níveis de industrialização, bem como a prevalência do desemprego juvenil que continua a ser um grande desafio.

Face aos desafios supracitados, Daniel Chapo desafiou os jovens empresários encabeçados pela ANJE a ser mais activos para “vencer o subdesenvolvimento, agregar valor, exportar mais produtos transformados, substituir importações por exportações, criar empregos dignos e de qualidade, principalmente para a nossa juventude, formar talentos nacionais e acumular soberania económica para os moçambicanos”.

O Chefe de Estado enfatizou que não haverá Independência Económica com um sector privado fraco, tendo apontado que o País precisa de um sector privado forte, onde cada um deve fazer a sua parte; com um Estado que não escuta, nem com uma juventude marginalizada.

Daniel Chapo não tem dúvidas de que os jovens devem olhar para os mais velhos como fontes de inspiração, daí que exortou aos mesmos para estarem na linha da frente na corrida rumo a independência econômica de Moçambique.

“Aprendam da experiência dos mais velhos que aqui se encontram. Estes mais velhos acumularam uma vasta experiência para os jovens poderem aprender como é que realmente podem mudar os próximos 50 anos, o que é que deve ser feito para nós termos os próximos 50 anos melhores do que os 50 anos que vamos comemorar. Este é que é o nosso objectivo com a realização destas conferências. Vocês são a Geração da Segunda Independência. cinquenta anos depois da nossa libertação política, cabe a esta geração conquistar a libertação económica de Moçambique — com inovação, com responsabilidade, com competência, com integridade, com ética”

Candeeiro defende que o futuro começa quando se investe na Juventude

Por sua vez, o presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), Lineu Candieiro, observou que desde a proclamação da independência, Moçambique trilhou um caminho desafiante, uma vez que herdou uma economia colonial profundamente desigual e enfrentou múltiplas adversidades: conflitos armados, crises económicas globais, mudanças climáticas severas e uma pandemia que abalou o mundo.

Não obstante aos tormentos, Candieiro destaca os moçambicanos não perderam o comboio da construção da soberania econômica, tendo dado como exemplos o crescimento médio do PIB entre 1993 e 2015, que foi superior a 7%,  a diversificação sectorial, com os sectores da agricultura, energia, minas, construção civil e turismo a ganharem relevância e a atrair investimento nacional e estrangeiro; ​O início de projectos estruturantes, como os de gás natural na Bacia do Rovuma, com potencial de transformar Moçambique num dos maiores exportadores mundiais de GNL.

Para o presidente da ANJE, apoiando;se no facto de 70% da população moçambicana ter menos de 25 anos e nos dados que apontam que Mais de 50% dos novos negócios registados nos últimos 5 anos foram criados por jovens e mulheres, o futuro já começou. Contudo advertiu que não há futuro sem a juventude empoderada, tendo dado exemplos de Mark Zukemberg e Elon Musk que se tornaram empresários mundialmente conhecidos ainda na juventude.

“Não há futuro económico sem juventude empoderada. Os grandes líderes da economia global não esperaram envelhecer para transformar os seus países. Mark Zuckerberg, Elon Musk, Jeff Bezos, Larry Page e Sergey Brin – todos eles tornaram-se bilionários e moldaram sectores inteiros da economia mundial antes dos 50 anos de idade. Senhor Presidente, nesta manhã de quinta-feira, queremos também reconhecer os nossos, os que ao longo dos 50 anos se firmaram melhores empresários desta pátria e caminharam lado a lado com a economia moçambicana. Falamos de Abílio Antunes, Salimo Abdula, Momad Bachir Sulemane, Esperança Mangaze, Daniel David, entre outros”, declarou Lineu Candieiro

Prosseguindo, Candieiro defendeu que chegou o momento do País investir na juventude, dotá-la de ferramentas, confiança e protagonismo para que esta possa liderar a nova era da independência econômica

“São estes jovens líderes que, hoje, impulsionam a inovação e o crescimento nas maiores potências e também no nosso país para o caso dos nossos. Em Moçambique, temos um Presidente com apenas 47 anos, Daniel Chapo, que simboliza esta nova geração de lideranças. Se quisermos garantir os próximos 50 anos de prosperidade, não há outro caminho: é agora que devemos investir na juventude, dotá-la de ferramentas, confiança e protagonismo. O futuro começa quando acreditamos nele”

Nas entrelinhas o presidente da Associação Nacional dos Jovens Empresários lançou o repto para os próximos 50 anos, ou seja, pretende que os próximos 50 anos sejam marcados por uma nova geração de industriais e exportadores nacionais; uma educação virada para a inovação e empreendedorismo; ​um ambiente de negócios mais justo, transparente e digitalizado; .a construção de cadeias de valor inclusivas, com jovens, mulheres e comunidades locais;​ e, acima de tudo, uma visão de país onde ninguém é deixado para trás.

 

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