A Organização dos Trabalhadores de Moçambique- Central Sindical (OTM-CS) celebrou, na quinta-feira, 13 Outubro, 46 anos da sua criação. Falando à margem das celebrações da efeméride, Alexandre Munguambe, Secretário-geral da OTM-Central Sindical, por sinal a maior e a mais antiga organização sindical no país e cujo designo há quase meio séculos continuam os mesmos a defesa e interesse dos direitos dos trabalhadores moçambicanos, ou seja, a promoção da justiça laboral e social, apontou o dedo ao sector privado, visto que observa que esta classe luta para que bens essências e serviços básicos sejam mais caros e longe do alcance. Nas entrelinhas, Munguambe lamentou o facto dos pensionistas não terem sido deixados de fora na implementação na Tabela Salarial Única.
Para Munguambe, que refere que os 46 anos da OTM-CS constituem um marco histórico para os trabalhadores moçambicanos e um momento de reflexão sobre a evolução do movimento sindical bem como dos desafios do presente e do futuro mundo do trabalho, no presente celebra-se o aniversario com a mensagem da reafirmação do cometimento por um Moçambique melhor de justiça laboral e social efectiva num momento em que os moçambicanos ainda se reseentem dos efeitos da pandemia da Covid-19 e do terrorismo na zona norte.
“Celebramos o 13 de Outubro deste ano, num momento difícil para a sociedade moçambicana e para os trabalhadores em particular. A pandemia da COVID-19, com a sua letalidade continua a semear luto nas famílias, desequilibra a economia e a criar caos no mercado de trabalho. O terrorismo na zona norte do país já provocou centenas de vítimas humanas, destruição de infra-estruturas económicas e sociais, provocou cerca de 1 milhão de deslocados, e infelizmente essa situação continua activa”.
O custo de vida continua a disparar nas principais cidades moçambicanas. Na opinião do Secretário-geral da OTM-Central Sindical algumas forças vivas da sociedade são quem está por detrás da especulação dos preços.
“O movimento sindical reconhecendo os desafios que o país enfrenta actualmente, sobretudo na vertente económica e social, tem juntado os seus esforços para minimizar a situação, mas obstáculos de vária ordem tem travado essa marcha, enquanto fazemos apelo para que o custo de vida não atinja níveis humanamente inaceitáveis, outras forças vivas da sociedade moçambicana, lutam para que bens essências e serviços básicos sejam mais caros e longe do alcance dos mais desfavorecidos, que como se sabe constitui a maioria dos moçambicanos”, declarou a fonte para depois apontar que o Governo deve criar medidas arrojadas para minimizar o sofrimento dos moçambicanos.
A Organização dos Trabalhadores de Moçambique- Central Sindical (OTM-CS) saudou, por outro lado, a aprovação da Tabela Salarial Única pela Assembleia da República e pelo Conselho de Ministros. Contudo, lamenta o facto da mesma não ter contemplado os pensionistas.
“A TSU vai padronizar os sistema de remunerações e contribuir para retenção de melhores quadros no estado, preocupa-nos porém esta medida, nos parece ter-se deixado de fora os pensionistas da função pública que, muito contribuíram para o progresso do país, e neste momento precisam de protecção e acompanhamento, como é sabido nesta face da vida as suas pensões são destinadas a assistência médica deixando-os numa situação de vulnerabilidade extrema. Apelamos que o governo estude a situação e faça algo por eles”.
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