MP diz que VM programou sua retirada do País porque sabia que suas acções colocariam em risco a vida e integridade das pessoas

DESTAQUE POLÍTICA SOCIEDADE
Share this

No pico das manifestações pós – eleitorais, o ex-candidato presidencial fugiu de Moçambique para buscar refugio em terras estrangeiras com a alegação de que diz estava a preservar a sua integridade física perante as constante ameaças. No entanto, no despacho de acusação o Ministério Público refere que Mondlane programou a sua retirada com antecedência porque estava ciente de que as suas acções colocariam em risco a vida e integridade das pessoas.

O relatório intercalar da intercepção e gravação de conversações ou comunicações telefônicas de Venâncio Mondlane aponta que, antes do pico, o mesmo estava ciente de que a onda de manifestações por si lideradas, para além da desordem e instabilidade, colocariam em risco a vida e integridade física das pessoas, programou e retirou a sua família para um lugar que entendia ser seguro.

“Em principio as conferências de imprensa já começaram hoje. Depois das conferências de imprensa, tem que haver aí umas pequenas, tem que haver proclamações. Essas proclamações de imprensa têm que ser a proclamação da vitória. Depois desta proclamação da vitória eu entro até lá pra quarta-feira, quinta-feira, tem que entrar em Nampula. Entrar com um grande discurso, quer dizer, um discurso bombástico. Muito forte, que não pode ser da brincadeira. E anunciar que o país vai parar por três dias brevemente. Fazer um discurso em Nampula. Epa, por isso que estou a pensar em tirar a minha esposa daqui. Ya, não vale a pena ela ficar aqui. Minha esposa, minha filha. Eu acho que vou tirar a minha filha para África do Sul”, lê-se no despacho da acusação emitido pelo Ministério Público.

Ainda no despacho, o MP aponta que o ex-candidato presidencial convocou manifestações com o claro objectivo de destruir, matar e alterar a ordem constitucional do país..

“O arguido Venâncio António Bila Mondlane delineou um plano no sentido de, com recurso à disseminação de ideias radicais, provocar um estado de medo e terror, para posteriormente alterar ou subverter o Estado de Direito. Tal plano consistiu em o arguido incentivar e mobilizar grupos de pessoas para uma actuação concertada de actos hostis contra entidades do Estado moçambicano, gerando: um clima de violência social”, ”, refere o despacho emitido pela Procuradoria – Geral da República.

Refira-se que o ex-candidato presidencial, Venâncio Mondlane, é acusado pela Procuradoria – Geral da República de cinco crimes, nomeadamente, apologia ao crime, incitamento a desobediência pública e colectiva, instigação pública ao crime, incitamento de desobediência colectiva, instigação ao terrorismo  e incitamento ao terrorismo.

Promo������o
Share this

Facebook Comments

Tagged