Share this
A Administração Regional de Águas do Norte (ARA Norte) está a investir cerca de 1,5 milhões de meticais na reabilitação das estações hidrométricas, no âmbito do seu plano de preparação para a época de cheias, que tem início a 1 de Outubro de 2025 e se estende até Abril. O director-geral da instituição, Carlitos Omar, explicou que a região foi severamente afectada na última época chuvosa, que registou a passagem de três ciclones consecutivos; estas intempéries destruíram grande parte das infra-estruturas de monitoria, sobretudo no distrito de Monapo. Segundo o responsável, as estações devastadas dificultaram o processo de aviso e monitoria, e a ARA Norte trabalha agora para evitar as mesmas fragilidades este ano.
As obras de reabilitação, que abrangem todas as infra-estruturas de aviso de cheias, consideradas vitais para a protecção das comunidades em zonas de risco, deverão estar concluídas nos próximos dois meses, garantindo que os sistemas de alerta estejam em pleno funcionamento antes do pico das chuvas. Carlitos Omar sublinhou que a prioridade da intervenção é assegurar uma comunicação eficaz e atempada com as populações. Estas estações permitirão que as comunidades recebam informações rápidas e seguras, um factor crucial para evitar tragédias humanas e perdas materiais.
Aproveitando a ocasião, o dirigente apelou veementemente às comunidades para que evitem comportamentos de risco durante a época chuvosa, mencionando a proibição de atravessar os rios em período de cheias, prática que provocou mortes no último ano, como aconteceu no rio Nikuta, em Nampula. Carlitos Omar também advertiu contra a prática de queimadas dentro das bases, reforçando que estes comportamentos colocam vidas em perigo e comprometem a segurança de todos.
“Pedimos encarecidamente que não atravessem os rios durante as cheias e que não façam queimadas dentro das bases. São comportamentos que colocam vidas em perigo e comprometem a segurança de todos”.
A ARA Norte garante, por fim, que todos os técnicos estão mobilizados e preparados para responder com rapidez a qualquer situação de emergência, mas o director-geral concluiu que a prevenção não depende só das autoridades, mas também da responsabilidade individual e colectiva.

Facebook Comments