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Os professores do ensino público ameaçam boicotar os exames finais, caso o Governo não pague as horas extraordinárias acumuladas nos últimos três anos. A Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) por várias vezes disse estar ter esgotado a paciência e todos os canais de negociaçãO com o Executivo.
A ameaça surge numa altura em que decorrem os preparativos para os exames finais do presente ano letivo. Segundo a ANAPRO, o Governo tem sido informado repetidamente sobre as dívidas relativas às horas extras, mas não apresenta soluções concretas.
Na terça-feira, durante o habitual briefing do Conselho de Ministros, o porta-voz do Governo, Salim Valá, reconheceu a gravidade da situação e garantiu que o Executivo está a trabalhar para resolver o problema.
“Há um trabalho em curso há algum tempo para resolver a questão das horas extras, não apenas na educação, mas também na saúde, que são setores com grande impacto orçamental”, afirmou.
Segundo Valá, os ministérios da Educação e Cultura, das Finanças e da Administração Estatal estão a coordenar esforços para encontrar uma solução definitiva.
“Este não é um problema novo, mas está a ser tratado. Pedimos alguma paciência aos professores, pois acreditamos que, com a melhoria gradual da economia e o aumento das receitas do Estado, será possível responder a essas preocupações”, disse.
O porta-voz sublinhou ainda que o país atravessou três trimestres consecutivos de contração económica, o que dificultou o cumprimento de várias obrigações salariais.
“Estamos a sair de um período difícil. O PIB tende a recuperar, e esperamos boas notícias no terceiro trimestre. Com mais capacidade económica, problemas como este serão mais facilmente solucionáveis”, concluiu.



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