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O Governo moçambicano anunciou esta terça-feira, 11 de novembro, que já foram reconstruídas 90% das infraestruturas danificadas pelo ciclone Idai, que devastou o centro do país, particularmente a província de Sofala, em março de 2019.
O porta-voz do Conselho de Ministros, Salim Valá, detalhou que os trabalhos foram realizados no âmbito do Programa de Reconstrução Pós-Ciclone (PREPOC).
Entre as realizações, Valá destacou que: foram reerguidas 3.514 salas de aulas para o ensino primário e secundário nas áreas afetadas. Concluiu-se a reabilitação de 36 unidades sanitárias, com outras 54 em processo de reconstrução. Foram entregues 11.457 residências, o que corresponde a 55% das habitações planeadas. Desse total, 7.914 foram construídas de raiz e 3.543 reabilitadas.
Valá reconheceu que o prazo inicial para a reconstrução não foi “rigorosamente cumprido” devido à escassez de recursos, mas assegurou que o plano está em execução e que as ações de infraestruturas estão a bom ritmo.
“Não se cumpriu rigorosamente o prazo estabelecido de reconstrução devido à exiguidade de recursos, mas o plano está em execução e pensamos que todas as acções, na parte das infra-estruturas, estão no bom ritmo, através do suporte aos empresários”, reconheceu.
Na vertente da recuperação económica, o Governo assinou 600 acordos de subvenção com Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), totalizando um valor de 475 milhões de meticais, o equivalente a 7,3 milhões de dólares.
A notícia surge num contexto em que Moçambique é reiteradamente classificado como um dos países mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas, enfrentando cheias e ciclones tropicais anualmente entre Outubro e Abril.
O relatório “Estado do Clima em Moçambique 2024” indica que o número de ciclones e a intensidade dos ventos têm aumentado na última década. Entre 2019 e 2023, eventos extremos provocaram pelo menos 1.016 mortes e afetaram cerca de 4,9 milhões de pessoas no país.



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