Moçambique enfrenta défice de 650 mil carteiras escolares

DESTAQUE SOCIEDADE
Share this

A Ministra da Educação e Cultura, Samaria Tovela, revelou esta quarta-feira, na audição parlamentar da 3ª Comissão da Assembleia da República, que o país enfrenta um défice nacional de 650 mil carteiras escolares, situação que continua a afetar de forma directa as condições de aprendizagem de mais de 2,5 milhões de alunos em todo o território nacional.

“Até o presente momento, os dados do sector da Educação indicam para um défice nacional estimada em 650 mil carteiras, afectando mais de 2.500.000 (dois milhões e quinhentos alunos)”, afirmou.

Segundo a governante, apesar dos investimentos contínuos na expansão da rede escolar, a capacidade de aquisição de mobiliário permanece aquém das necessidades reais do sistema educativo.

Para 2026, o Plano Económico e Social prevê a compra de apenas 5.161 carteiras, número que, segundo Tovela, “representa o esforço possível face aos recursos disponíveis, mas não cobre a dimensão do problema”.

A Ministra explicou que o défice resulta do crescimento acelerado das matrículas, da construção de novas salas de aula e do desgaste natural do mobiliário existente, agravado por limitações orçamentais que impedem uma reposição em larga escala.

Tovela destacou que o Governo está a trabalhar com parceiros nacionais e internacionais para reforçar a aquisição de carteiras e acelerar a eliminação do cenário ainda frequente de crianças sentadas no chão durante as aulas.

“A educação é um direito, e garantir condições básicas para o processo de ensino-aprendizagem é uma prioridade”, reiterou.

No mesmo desenvolvimento a ministra sublinhou que serão contratados cerca dois mil professores para as diferentes categorias.

“conforme a proposta do PESOE 2026, serão contratados 2.325 novos professores para o Ensino Geral, 6 para o Ensino Superior, 20 para o Ensino Técnico Profissional e 10.260 alfabetizadores”, disse.

Segundo explicou, os contratados serão alocados, em função de distritos com maior rácio em termos de alunos, contudo, “cientes das necessidades em todas as províncias, os 20 professores para o Ensino Técnico Profissional serão distribuídos por todo país, na proporção de 2 por província, com a excepção da Cidade de Maputo”.

Promo������o
Share this

Facebook Comments