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Reagindo ao assunto de capa do Jornal Evidências, sobre o envolvimento dos filhos da Governadora de Manica, Francisca Tomás na exploração ilegal de ouro na “Mina Seis Carros”, em claro desacato às ordens de suspensão emanadas pelo Presidente da República, Daniel Chapo e formalizadas por decreto do Conselho de Ministros, o antigo secretário-geral da FRELIMO e actual “dono da situação” da vez do Centro, Filipe Paúnde, admitiu publicamente que os filhos da governadora Francisca Tomás podem ter violado normas éticas e legais ao envolverem-se na actividade.
Ainda assim, o veterano dirigente pediu que haja separação de responsabilidades, defendendo que a governadora, enquanto figura pública, “não tem filhos”, e que eventuais irregularidades devem ser atribuídas apenas à cidadã Francisca (ela própria em fórum privado), mãe dos envolvidos.
“A governadora não tem filhos. Quem tem filhos é uma cidadã chamada Francisca. Nós fazemos muita confusão. O governador não tem filhos. Governador é uma função, e ter filhos é uma questão social. Não misturemos as coisas. Quando alguém é ministro, os filhos não são do ministro, são dele. Agora, ministro é função. Os filhos do governador podem trabalhar, podem ser empresários, isto não está proibido. Agora, o que está proibido é contrariar as normas”, sustentou Paunde, citado pelo Jornal “O País”.
Apesar dessa separação que procura sublinhar, Paúnde reconhece que os filhos de Francisca Domingos Tomás podem ter contrariado regras, o que, admite, levanta não só questões legais como sobretudo éticas, considerando que a mãe exerce autoridade na mesma província onde decorrem os incidentes.
“Eticamente isto é correcto? Eu posso dizer que não é correcto, mas ninguém é proibido de realizar uma actividade por ser filho de um cidadão que tem funções de chefia sei lá onde. Agora, está bem? Não está, mas tenho informação de que há uma equipa que foi lá ontem, justamente para perceber melhor”, avançou.
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