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A 11.ª edição da Bienal KINANI – Plataforma Internacional de Dança Contemporânea teve início esta segunda-feira, 24 de Novembro, às 17:00, na Sala Nobre do Conselho Municipal de Maputo, marcando o arranque de uma semana dedicada à criação, experimentação e celebração artística.
A programação deste ano integra quatro estreias nacionais e mais de 22 espectáculos protagonizados por artistas de diversos países, entre eles África do Sul, Angola, Brasil, França, Canadá, Espanha, Ilha Reunião, Maurícias, Noruega, Portugal, Suíça e Tanzânia.
Na abertura, o director artístico do KINANI, Quito Tembe, destacou a capacidade do festival de transformar a cidade e aproximar diferentes comunidades através da dança: “Aqui estão representantes de várias classes artísticas para dizer bem-vindos a Maputo. Esta parceria entre o Conselho Municipal e o KINANI vem de longa data. O festival já ocupou espaços improváveis da cidade e devolveu à população o acesso à arte”, afirmou, recordando um armazém na Baixa que foi convertido em palco pelas mãos da plataforma.
Quito Tembe sublinhou ainda o impacto económico e cultural do evento, referindo que centenas de visitantes já estão instalados em hotéis, frequentam mercados e circulam pela cidade. Destacou igualmente a realização de quatro dias de debates e mesas abertas dedicados à reflexão sobre a indústria da dança e o papel dos festivais na dinamização das economias locais.
“Queremos aprender com outros curadores e directores como transformar um festival numa economia”, disse.
O vereador de Educação, Cultura e Desporto, Osvaldo Faquir, que representou o Conselho Municipal de Maputo, reforçou o compromisso da autarquia com o KINANI, classificando-o como uma das maiores referências africanas de dança contemporânea.
“O festival transforma a nossa cidade num grande palco de encontros, movimento e inovação. Através da dança, aproxima povos e reafirma Maputo como uma cidade aberta ao mundo”, afirmou.
Faquir destacou que a escolha da Sala Nobre do Conselho Municipal de Maputo, um espaço histórico que já recebeu o primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel para a cerimónia de abertura. “Realizar aqui o KINANI é reafirmar o papel central da cultura na construção da nossa identidade e cidadania”, sublinhou.
A autarquia reafirmou que continuará a apoiar iniciativas que promovam a inclusão cultural, o talento jovem e a criatividade, agradecendo aos parceiros, patrocinadores e artistas que tornam o festival possível: “A vossa arte desafia fronteiras, inspira sonhos e constrói pontes de entendimento”, declarou o vereador.



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