Nyusi reconhece que Moçambique não pode combater o terrorismo sozinho

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O Governo e alguns membros da Frelimo sempre se mostraram renitentes no que a ajuda internacional para combater os insurgentes na província de Cabo Delgado diz respeito. Entretanto, na sua estada na França, Filipe Nyusi reconheceu que Moçambique não se pode combater terrorismo sozinho.

Depois de ter recebido um voto de confiança da multinacional francesa Total que garantiu que voltará a cabo delgado assim forem garantidas todas questões ligadas a segurança, o Chefe do Estado moçambicano teve um encontro com o Primeiro – Ministro de Portugal, Antônio Costa onde discutiram questões de segurança, tendo no final da reunião deixado uma recado aos que criticam o Governo pela postura que tem adoptado em relação ao terrorismo na província de Cabo Delgado

“Não se combate o terrorismo sozinho e Moçambique, em nenhum momento, recusou apoio. Aliás, Portugal está em Moçambique com uma equipa de jovens que estão a trabalhar com as forças de defesa, mas também países americanos e países africanos”, ressaltou Nyusi para depois acrescentar que “em nenhum momento o país recusou ajuda na luta contra o terrorismo”.

Por outro lado, Nyusi adiantou que a próxima fase do apoio depende do contacto entre países e do que cada país teria a oferecer.

Por sua vez, Antônio Costa declarou que Portugal está disponível para ajudar Moçambique a resolver o conflito no norte em Cabo, sendo que para tal conta com ajuda dos parceiros europeus.  “A União Europeia está neste momento a fazer a geração de forças para uma equipa técnica e de formação em Moçambique, e estamos disponíveis para integrar outras forças e outros apoios que sejam necessários”, explicou Costa.

O primeiro-ministro português destacou que o Governo de Portugal tem falado com parceiros europeus, como a França.

“Nós temos apoiado a França em outras ações e recordo que, depois dos ataques terroristas em Paris, Portugal mobilizou uma força que tem estado presente há mais de cinco anos na República Centro Africana. […] Quando se trata de amigos tão próximos como é o caso de Moçambique, a expetativa que temos é que os nossos parceiros europeus correspondam ao apoio”, disse António Costa.

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