MSF alerta que a situação continua caótica na província de Cabo Delgado

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A Médicos Sem Fronteiras (MSF), uma Organização Não Governamental, alertou, recentemente, que a actual situação na província de Cabo Delgado, fustigada pelos ataques armados desde Outubro de 2017, é muito caótica, tendo igualmente alertado que apesar dos avanços da Força Conjunta a crise humanitária está longe do fim naquele ponto do país.

A MFS observa que em 2020, o conflito armado na província de Cabo de Delgado atingiu seu pico em Março de 2021 quando o distrito de Palma foi atacado pelos grupos armados o que, de certa forma, fez com que a Total abandonasse o seu projecto de gás natural, alegando motivos de força maior.

A Força conjunta, se por um lado, conseguiu recuperar alguns distritos e localidades que estavam nas mãos dos terroristas. Por outro continua no encalço do inimigo com vista a restabelecer a paz e tranquilidade na província de Cabo Delgado. Entretanto, apesar dos recentes avanços, a Médicos Sem Fronteiras, considera que o conflito está longe do término.

“O conflito está longe de terminar, a crise humanitária persiste e centenas de milhares de deslocados sobrevivem em condições precárias”, aponta a MFS.

Aquela Organização Não Governamental, apoiando-se nos dados tonados públicos recentemente pelas Nações Unidas, estima que 1,3 milhão de pessoas precisam urgentemente de ajuda humanitária e proteção.

A MSF explicou, por outro lado, que a ajuda humanitária está concentrada em pontos mais estáveis ​​no sul da província, perto da capital, Pemba. No entanto, realça que em grandes partes do norte quase não existem organizações de ajuda.

“Em grandes áreas dos bairros de Mueda, Nangade, Muidumbe e Mocímboa, onde vivem cerca de 50 mil deslocados, algumas estruturas de saúde foram atacadas e pessoal médico foi embora”, disse Paulo Milanesio, coordenador da MSF em Mueda.

Para a época chuvosa que se avizinha, a Médicos Sem Fronteiras alerta que que a prevenção é crucial para evitar surtos de doenças transmitidas pela água, como cólera e malária, que podem atingir seu pico durante este período.

“Chuvas fortes e o risco de ciclones representam desafios adicionais para a população deslocada e as comunidades anfitriãs e podem exacerbar sua vulnerabilidade e necessidades humanitárias actuais”, alertou

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