Retornar à paz na zona norte deve ser a prioridade de governação em 2022 – defende Chissano

DESTAQUE POLÍTICA

A zona norte do país, em particular a província de Cabo Delgado, vive uma das piores crises humanitárias desde a proclamação da independência nacional. Apesar dos recentes avanços da Força Conjunta no Teatro Operacional Norte, os insurgentes continuam a semear luto e terror em algumas localidades. Para o antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, no presente ano a prioridade de governação deve ser o retornar da paz e tranquilidade na zona norte do país.

Recentemente, o Presidente da República tornou público que pondera pedir a extensão da permanência das tropas estrangeiras para continuar a combater a insurgência armada que se alastrou para a província de Niassa, mostrando que a luta contra o terrorismo continua prioridade para o Governo.

“Já sabíamos do enredo da guerra, porque o terrorismo não termina cedo, e vamos ver na próxima sessão da Troika, da qual Moçambique faz parte, que poderá ser em Janeiro de 2022, para vermos o que se pode fazer”, disse Filipe Nyusi  

Numa entrevista ao diário O País, o antigo Chefe de Estado, Joaquim Alberto Chissano, que governou o país durante 18 anos, declarou que a reposição da paz na zona norte do país deve ser prioridade do Executivo e de todos.

“Continua a ser uma grande prioridade retornar à paz no Norte de Moçambique, nomeadamente, em Cabo Delgado, e agora fala-se de Niassa. Este é um trabalho que deve ser feito por todos”, afirmou Chissano.

Se por um lado, Joaquim Chissano defende que se deve dar seguimento ao processo de reconciliação, tendo destacado o processo Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR) dos ex-guerrilheiros da Resistencia Nacional de Moçambique (RENAMO)

Por outro, apelou ao Executivo para medir esforços com vista a restaurar o Sistema Nacional de Saúde, tendo igualmente instado aos jovens para sem mais activos em acções que visam o desenvolvimento do país, sem esquecer a luta pela paz.

“É preciso que façamos tudo em simultâneo, porque sem uma coisa não temos a outra, mas o país deve começar a empoderar os jovens no desenvolvimento, capacitar o homem e fazer gestão correcta dos recursos. Isto não é uma prioridade só para este ano”, declarou o antigo Estadista.

 

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