MADER coloca tecnologia de secagem de frutas à disposição de agricultores do sector familiar

DESTAQUE ECONOMIA

 

Mais de 50 associações de agricultores do sector familiar, nas províncias de Manica, Sofala e Inhambane acabam de receber meios tecnológicos de processamento e secagem de frutas, que vão contribuir para redução das perdas pós colheita, gerar empregos, combater a desnutrição  e incrementar a renda de milhares de famílias moçambicanas.

O lançamento da iniciativa, teve lugar esta quinta-feira (24), no distrito de Macate, na província de Manica e é uma acção que se enquadra no âmbito do projecto Sustenta, com apoio de parceiros austríacos.

Os equipamentos foram entregues a agricultores do sector familiar agrupados em pequenas associações e o programa prevê formações de indução sobre o uso dos referidos meios que vão permitir a secagem e empacotamento de frutas secas, gerando uma nova cadeia de valor de excedentes que anualmente se perdem.

Numa primeira fase, o programa será implementado nas províncias de Manica, Sofala e Inhambane, podendo mais tarde se estender a todas outras em que há uma produção significativa de frutas. Ao todo serão 50 associações envolvidas no processamento de fruta nesta primeira fase.

Durante o lançamento daquela acção de transferência de tecnologia, o ministro da Agricultura, Celso Correia instou aos agricultores beneficiários da iniciativa a aproveitarem a oportunidade para melhorarem a renda das suas famílias.

Na ocasião reconheceu que, neste momento, o maior desafio do sector tem que ver com perdas pós colheitas, devido ao apodrecimento da fruta por causa de ruptura da ligação com o mercado e falta de locais de acondicionamento.

“Quando surgiu esta oportunidade de, junto aos nossos parceiros austríacos, trazer esta tecnologia, que permite agricultores familiares por si só secar a fruta e preparar a fruta para depois colocar no mercado, abraçamos a oportunidade porque tínhamos consciência que se os produtores pudessem abraçar esta tecnologia faria toda diferença no seu rendimento e na sua vida”, sustentou Correia, destacando que a fruta seca tem muita saída no mercado nacional e internacional.

O ministro destacou ainda que a transferência de tecnologias vai continuar no âmbito do Sustenta, estando previstos outros tipos de soluções, com ajuda de outros parceiros, com foco nos agricultores do sector familiar.

Refira-se que Moçambique produz anualmente cerca de dois milhões de toneladas de fruta, sendo que a produção é dominada por agricultores familiares. Entre 30% a 50% da produção de frutas e hortícolas é desperdiçada por falta de incentivos para estimular o investimento em agrícolas (0.5 e 1.5 hectares).

A contribuição deste sector para economia do País é de apenas 12% de exportações, tendo como principais frutas exportadas (Litchie, Manga, Banana, Citrinos). Indústrias de processamento representam 3.9 milhões (98.7%) de unidades de pequenas explorações  e um pequeno segmento de fruticultores (e 2%) constituído por Pequenas e Médias Empresas, produzem para o mercado (nacional e internacional).

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