O governo dos E.U.A. anunciou, semana finda, que Moçambique foi seleccionado como um país prioritário para a Estratégia dos E.U.A. para Prevenir Conflitos e Promover a Estabilidade, que delineia a cooperação com o governo de Moçambique e a sociedade civil a níveis nacional e local para investir numa abordagem de longo prazo, liderada localmente para abordar as causas de conflito e reforçar os alicerces de estabilidade.
A referida estratégia tem em vista o apoio no alcance da estabilidade em Cabo Delgado, que desde 2017 terroristas têm perpetuado uma violência brutal, causando milhares de mortes, deslocando cerca de 800.000 pessoas das suas casas, destruindo áreas residenciais e infra-estrutura essencial.
A abordagem deste programa não se vai cingir somente à assistência à segurança, mas também em investimentos de longa duração para assegurar uma paz sustentável.
Em nota, a embaixada dos EUA em Moçambique revelou que a Estratégia dos E.U.A. para Prevenir Conflitos e Promover a Estabilidade providencia recursos adicionais para promover a estabilidade e fortalecer a resiliência de comunidades moçambicanas afectadas pelo extremismo violento e terrorismo.
Ao trabalhar com o governo de Moçambique, a sociedade civil, o sector privado e parceiros regionais e internacionais, os Estados Unidos irão coordenar a sua assistência ao desenvolvimento, diplomático, e ao sector de segurança através de um plano de dez anos, que inclui programas de prevenção de conflitos e de estabilização para apoiar uma governação democrática, transparente e desenvolvimento inclusivo.
“Os Estados Unidos estão comprometidos a ajudar os nossos parceiros em Moçambique para prevenir a violência, promover a estabilidade e construir resiliência”, disse a encarregada de negócios da Embaixada dos E.U.A., Abigail Dressel.
“Além disso, o respeito pelos direitos humanos e pelo estado de direito são primordiais para combater eficazmente o terrorismo, uma vez que a ausência de tais princípios possa alimentar ainda mais o extremismo violento”, sublinhou.
No desenvolvimento deste plano de dez anos, a mais alta prioridade do governo dos E.U.A. será o apoio aos parceiros locais, tanto governamentais como não-governamentais, que estão a desenvolver e a implementar soluções para os desafios mais prementes desta crise. Isto significa consultar com as contrapartes locais e incorporar a perícia dos intervenientes dos E.U.A. especializados nestas áreas.

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