Beira: “Chapas” estão no terceiro dia de greve

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Hoje é o terceiro dia de greve dos transportadores de passageiros na cidade da Beira. Esta manhã (13) a Associação dos Transportadores da Beira (ATABE) e o Conselho Autárquico da Cidade da Beira reuniram-se para desbloquear a paralisação de transportes de passageiros que reivindicam o aumento dos preços de viagens. Uma reclamação que já teve a solução do município, mas que aguarda desde Junho pela decisão do Ministério da Administração Estatal.

Transportadores coletivos de passageiros paralisaram desde segunda-feira actividade na cidade da Beira, capital da província de Sofala, centro de Moçambique, exigindo o aumento do preço de transporte de passageiros.

Eles exigem que o Conselho Municipal da Beira implementa a proposta de aumento dos preços de viagem aprovada pela Assembleia Municipal da Beira em 16 de junho. A proposta aumenta a tarifa de transporte de 10 meticais para 15 meticais nas viagens dentro da cidade e para 25 meticais nos trajetos fora da cidade.

A ATABE, que convocou a paralisação, referiu em comunicado que o protesto é motivado pela falta de resposta do governo municipal aos apelos para o incremento da tarifa de viagem, num momento que os preços de combustíveis têm conhecido sucessivos aumentos.

Mas a vereadora para a área dos transportes e comunicação no Conselho Autárquico da Cidade da Beira, Flora Mpula, explicou ontem (12) que neste momento o documento já está no Ministério da Administração Estatal.

Segundo ela, após a sua submissão da proposta aprovada pela Assembleia Municipal, ao Governo Central, a lei estabelece que o processo deve levar, no mínimo, 45 dias.

“Se não tivermos uma resposta no prazo de 45 dias, significa que já fomos autorizados”, acrescentou a responsável.

Com as viaturas de transporte coletivo encostadas nos terminais rodoviários desde segunda-feira, a acção dos “chapeiros” provocou enchentes nas paragens, obrigando muitos trabalhadores e alunos a andar a pé até ao seu destino. Outros passageiros recorrerem a carrinhas de caixa aberta, popularmente designadas como “my love”, para se poderem deslocar, mas há casos em que estes são vandalizados pelos “chapeiros” que exigem que ninguém opera antes do avale para implementação da proposta acordada.

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