Subsídios aos transportadores reféns das exigências do Banco Mundial

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Em Julho do ano em curso, o Conselho Municipal da Cidade de Maputo, reunida em mais uma sessão da Assembleia Municipal, aprovou o agravamento da tarifa do transporte de passageiros. De acordo com dados tornados públicos pela edilidade da capital moçambicana para distância até 10km ao invés dos actuais 12 meticais, a tarifa passaria para 19 meticais, enquanto a distância acima de 10 km passaria de 15 para 22 meticais. Para travar mais um reajustamento, por sinal o segundo em menos de um ano, o Governo decidiu subsidiar o passageiro através de um projecto financiado pelo Banco Mundial. Entretanto, volvidos dois meses depois do anúncio do Executivo, a Agência Metropolitana os subsídios prometidos aos transportadores estão refém das exigências do Banco Mundial.

A Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) está de costas voltadas com aAgência Metropolitano de Transportes devido à morosidade do pagamento das compensações prometidas em Junho.

Os transportadores preferem avançar com as novas tarifas e deixar a tarefa de subsidiar os passageiros para o Governo.

Numa recente entrevista concedida ao diário o País, o PCA da Agência Metropolitana dos Transportes (AMT), António Matos, revelou que a sua instituição não reuniu dados necessários para convencer o Banco Mundial a abrir os cordões à bolsa.

“Tínhamos uma previsão de dois meses que terminava em Agosto, para se fazer o trabalho e, durante o mês de Agosto, fez-se muito trabalho e conversou-se com outras partes do país sobre esta matéria e verificou-se que não tínhamos os dados necessários para convencer o Banco Mundial, para se fazer a transferência. Além disso, há todo processo burocrático financeiro para o qual nós não estamos competentes para falar, nem sabemos como funciona, mas, do ponto de vista metodológico, já foi feito um trabalho que já está praticamente no fim”, explicou  Matos.

Olhando para os casos da Cidade e Província de Maputo, PCA da Agência Metropolitana dos Transportes declarou que a instituição por si chefiada pretende entregar os subsídios aos transportadores através de carteiras móveis, tendo destacado o Cartão Famba.

Por outro lado, para além de avançar que a AMT vai ainda no corrente mês de Setembro terminar a inscrição dos transportadores, António Matos revelou que o financiamento está refém das exigências do Banco Mundial.

A disponibilização do valor tem a ver com a informação que vamos receber a nível do país, e este é um processo central e, à medida que vamos avançando, o Banco Mundial coloca outras exigências”.

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