Professores paralisam as actividades em algumas escolas da Cidade de Maputo  

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Os professores da Cidade de Maputo prometeram e cumpriram. Nesta terça – feira, 15 de Novembro, os profissionais do sector da educação, ao invés das suas respectivas escolas, foram se concentrar no Jardim dos Professores para se manifestarem contra as irregularidades detecetadas na Tabela Salarial Única. Entretanto, mesmo com o arranque da greve a realização dos exames do ensino primário não foi condicionada.

Na carta que enviaram ao gabinete do primeiro-ministro com o conhecimento dos Ministérios da Educação e Desenvolvimento Humano bem como do Ministério da Economia e Finanças, escolheram o dia 14 do corrente mês de Novembro para o Governo se pronunciar em relação ao seu caderno de reivindicações.

Entretanto, o Executivo decidiu abraçar o silêncio e os professores de algumas escolas da Cidade e Província de Maputo deram início, nesta segunda-feira (15), a greve com o claro objectivo de pressionar o Governo.

As salas de aulas foram trocadas pelo Jardim dos Professores. Mais de uma centena de professores trajados de batas responderam ao chamado e exibiram cartazes a reivindicarem os subsídios que lhes foram subtraídos no âmbito da implementação da Tabela Salarial Única.

Um professor que falou ao Evidências na condição de anonimato avançou que o Executivo está a assobiar para o lado quando se trata das reivindicações dos professores.

“Exigimos melhores condições de trabalho. Antes da implementação da Tabela Salaria Única nos prometeram um mar de rosas, mas quando chegou a vez de pagar salários na base daquele instrumento observamos que alguns colegas viram os seus ordenados cortados e alguns subsídios foram retirados. Mandamos várias cartas e não tivemos respostas. Entendemos que o Governo está apenas preocupado em comprar carros de luxo e assobiar para o lado quando se trata das nossas reivindicações que, segundo o ministro das Finanças, são legitimas”, disse a fonte.

Contactada pelo Evidências, a Organização Nacional dos Professores (ONP) foi parca nas palavras, tendo instando os professores a terem calma e retomarem as actividades enquanto aguardam pela resposta do Executivo.

Se por um lado, alguns professores decidiram paralisar as actividades para se manifestarem contra as irregularidades detecetadas na Tabela Salarial Única. Por outro, há professores que decidiram não abraçar a causa o que, de certa forma, não travou a realização dos exames do ensino primário em algumas escolas da Cidade e Província de Maputo.

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