Fraca investigação condiciona o crescimento industrial em Moçambique – considera Moreno

DESPORTO ECONOMIA POLÍTICA

O ministro da Indústria e Comércio, Silvano Moreno, apontou nesta segunda-feira, 21 de Novembro, que a fraca interacção entre os detentores de conhecimento nas áreas de produção está a enfraquecer o sector da indústria em Moçambique. Por outro lado, Moreno falou da necessidade do Governo criar mecanismos para que o que “nós produzimos em África quando for para Europa fique claro que é da África”.

Falando à margem da abertura da sexta sessão anual sobre Propriedade Intelectual, o titular do pelouro da Indústria e Comércio não teve dúvidas para afirmar que no sector da indústria em Moçambique alcançou alguns progressos. Contudo, lamentou a fraca investigação que condiciona o crescimento do sector no país.

“Um diagnóstico sério e sincero permitir-nos-á contactar que, no geral, estamos muito aquém do desejável, como é fácil notar que a fraca de incorporação do conhecimento científico no quadro da produção industrial está na origem do fraco desempenho das economias”, lamentou Moreno.

O governante manifestou a intenção de ver produtos moçambicanos nos grandes mercados do velho continente, tendo por isso defendido que os países africanos deve urgentemente apostar na protecção das marcas produzidas a nível nacional.

“Toda a actividade económica é feita por pessoas, as suas inspirações que podem não ser científicas, queremos usá-los, comercialmente, mas devem ser respeitados os vários autores, por isso queremos criar mecanismos para que o que nós produzimos em África quando for para Europa fique claro que é da Africa”, reiterou Moreno.

Por sua vez, Daren Tang, director-geral da Organização Internacional sobre Propriedade Intelectual e que participou naquele evento na qualidade de representante da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, observou que Moçambique registou progressos e que ainda tinha grandes desafios.

“O arroz aromático da Zambézia, o camarão e outros produtos de Moçambique são os que devem ajudar na protecção da Educação dos africanos e na propriedade intelectual e podem, sem bem tratados, empacotados, e vendidos em novos mercados internacionais”, explicou Tang.

Por sua vez, a Organização Regional Africana da Propriedade Intelectual (ARIPO) reiterou que o continente africano deve apostar mais no conhecimento para aumentar as trocas comerciais internacionais.

“Infelizmente, como africanos não temos estado a investir muito no conhecimento, nem estamos engajados com as Universidades na elaboração de pesquisas, para garantir que as investigações das organizações são adequadas a estes recursos para que possam produzir soluções”, lamentou Bemanya Twebaze, director-geral da ARIPO.

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