Massingue quer SERNIC implacável na luta contra o crime organizado

DESTAQUE SOCIEDADE

Em 2022, o crime organizado, com destaque para os raptos, voltou a exibir a sua musculatura perante o olhar impávido das autoridades da lei e ordem Visando acabar com o clima de medo e tensão que se vive nas principais cidades do país, a ministra do Interior, Arsênia Massingue, instou nesta segunda-feira, 09 de Janeiro, o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) para ser implacável na luta contra o crime organizado, tendo destacado os raptos e o terrorismo.

A actuação do Serviço Nacional de Investigação Criminal sobretudo quando se trata de raptos tem sido alvo de críticas. A titular da pasta do Interior no Governo de Filipe Nyusi, para além instar o SERNIC a ser implacável no combate contra o crime organizado, defendeu que aquela unidade precisa granjear maior confiança no seio das comunidades.

“O SERNIC é capaz e para tal deve se aprimorar em todas vertentes da sua actuação para que seja cada vez mais proativo no combate ao crime organizado sem tréguas. Instamos a direcção do SERNIC para que persiga de forma determinada e sem contemplações na purificação de fileiras por forma a garantir o cumprimento pleno das suas atribuições e incrementar o contacto com as comunidades para granjear destas uma maior confiança”, disse Arsênia Massingue para depois referir que o SERNIC deve aprofundar a forma de investigação criminal para identificar os autores dos raptos e o seu financiamento.

Por sua vez, o director – geral do Serviço Nacional de Investigação Criminal, Nelson Rego, reconheceu a perigosidade dos raptos e o seu esclarecimento tendo em conta o modus operandi dos raptores e os instrumentos usados no processo da negociação do resgate.

“Quanto ao crime de rapto, reconhecemos a complexidade para o seu esclarecimento, tendo em conta os seus modus operandi e os meios e métodos usados no processo de resgate e preocupam-nos particularmente os indícios de envolvimento de pessoas do círculo familiar, de amizade e empresarial das vítimas”, declarou Rego

Numa altura em que se fala do envolvimento de alguns quadros do SERNIC nos grupos que se dedicam aos raptos, Rego renovou o desafio de purificar as fileiras da corporação e mostrou-se preocupado com o envolvimento de alguns funcionários dos órgãos da justiça.

“Preocupa-nos o envolvimento de  alguns funcionários dos órgãos da administração da justiça que colaboram na pratica deste tipo legal de crime. Reiteramos o desafio da purificação da força, a formação especializada de membros e investimento em instrumentos de investigação modernas”.

Facebook Comments

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *