AMT lança BRT e garante que o projecto estará operacional até Dezembro de 2026

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Depois muitos avanços e recuos, foi, finalmente, lançado, nesta quinta-feira, 13 de Abril, o projecto para a implementação do Bus Rapid Transit (BRT), projecto designado “Move Maputo” que visa resolver o crônico problema do transporte público de passageiros na Área Metropolitana de Grande Maputo e que prevê faixas exclusivas para autocarros de transportes públicos. De acordo com o PCA da Agência Metropolitana de Transportes (AMT), Antônio Matos, as obras de reabilitação das estradas vão arrancar ainda no corrente ano, perspectivando, por outro lado, que o BRT esteja operacional até Dezembro de 2026. Por sua vez, o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, referiu que o projecto “Move Maputo” vai responder os desafios do sector dos transportes na capital moçambicana.

Em 2022, o presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, Eneas Comiche, referiu que o projecto Bus Rapid Transit (BRT) não seria mais implementado na capital moçambicana porque está em desuso em alguns países. Entretanto, a Agência Metropolitana de Transportes (AMT) contrariou a narrativa de Comiche e lançou o projecto que foi promessa de Filipe Nyusi durante a campanha eleitoral para resolver os problemas de transportes nas principais cidades do país.

Discursando à margem do lançamento projecto “Move Maputo”, o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, referiu que a iniciava que já conheceu muitos avanços e recuos surge no âmbito do cumprimento da orientação do Presidente da República de tornar a mobilidade urbana uma prioridade urgente na agenda de governação.

Magala reconheceu que o sector dos transportes ainda não satisfaz as necessidades dos moçambicanos, mas referiu que o BRT vai responder os principais desafios do sector na Área Metropolitana do Grande Maputo.

“O nosso sector de transporte de passageiros apresenta muitos desafios. A fraca malha viária, a baixa conectividade, a deficiente coordenação institucional, muita informalização dos operadores, financiamento insustentável são factos que resultam da baixa oferta e qualidade dos serviços fornecidos. O projecto Move Maputo visa responder a esses desafios. É nossa expectativa transformar a mobilidade urbana através da implementação do sistema de BRT que para além de melhorar a infraestrutura para cidadãos garantirá um melhor serviço para todos”.

De acordo com o titular do pelouro dos Transportes e Comunicações, a entrada em vigor do projecto “Move Maputo” vai beneficiar os munícipes de Maputo, Matola, Boane e Marracuene, uma vez que serão cerca de 124 mil viagens por dia e cerca de 40 milhões de viagens por ano, sendo que os bairros abrangidos passarão a ter estradas de acesso mais segura e residentes incluindo iluminação e passeios renovados, ciclovias e sistema de drenagem de água.

Por sua vez, Antônio Matos, PCA Agência Metropolitana de Transportes (AMT), instituição que estará encarregue pela execução do projecto, adiantou que as obras de reabilitação das estradas vão arrancar ainda no corrente ano, perspectivando, por outro lado, que o BRT esteja operacional até Dezembro de 2026.

“Entre meados e finais de 2026 ou se mais tardar em Dezembro de 2026 o sistema BRT estará operacional, mas antes disso há muitas obras a serem feitas. O nosso projecto não é apenas de autocarros, não é aumentar a oferta que se resolve todos problema, é preciso apostar na formação, na capacitação institucional e é preciso perceber que há estradas que não estão em condições. É preciso fazer a requalificação das estradas, é preciso fazer alimentações da rede estrutural para usar o comboio com o BRT”, explicou Matos.

Com a entrada em cena do “Move Maputo”, Matos acredita numa nova era no sector dos transportes na Área Metropolitana do Grande Maputo, uma vez que os munícipes passavam mais de três horas por dia dentro de um autocarro.

“Esse é um esforço que precisa de todos nós e aqui está a oportunidade para começarmos a mudar a nossa página, onde queremos um transporte e que as pessoas viagem com mais segurança e com menos tempo. Agora estamos a falar de 90 minutos de viagem e isto significa três horas no mínimo da vida útil de uma pessoa dentro de um autocarro. Estamos a falar também da rentabilidade porque muitos dos sistemas não são rentáveis, não é por causa da tarifa que não consegue cobrir os transportadores, é também porque todo esse processo de congestionamentos, da poluição, acidentes, estrada não em condições que impactam o desenvolvimento do operador”.

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