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Alexandre Chiure desafia o establishment e submete candidatura ao cargo de secretário-geral

Está previsto para hoje o arranque da campanha eleitoral dos candidatos a secretário-geral do agora moribundo Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ). Evidências apurou que concorrem ao cargo três candidatos, nomeadamente Delfina Mugabe, jornalista reformada do Notícias e que faz parte da lista de continuidade; Faruco Sadique, jornalista reformado do Diário de Moçambique e antigo PCA da TVM, e Alexandre Chiure, único dos três ainda no activo e que formaliza sua intenção de concorrer esta terça-feira.

 

Evidências

 

Pode estar próximo o fim do reinado de mais de quatro mandatos (pelo número de anos) de Eduardo Constantino à frente do Sindicato Nacional de Jornalismo, organização que dirige desde 2004, ou seja, há 19 anos.

Para a sua sucessão concorrem dois jornalistas reformados e apenas um no activo, sendo que dos três, um, no caso Delfina Mugabe, antiga quadro do notícias, faz parte actual direcção pelo que é vista como uma espécie de porta de perpectuação de Eduardo Constantino a frente dos destinos do SNJ, ou seja, é uma espécie de “delfim” a quem vai controlar remotamente.

Por sua vez, Faruco Sadique, um exímio jornalista reformado do Diário de Moçambique e antigo PCA da TVM, é suportado por um grupo de profissionais, na sua maioria reformados.

Enquanto isso, Alexandre Chiure é jornalista ainda no activo, com artigos publicados em jornais nacionais e internacionais semanalmente, cuja carreira foi feita em vários jornais, com destaque para o SAVANA e Diário de Moçambique.  Sua candidatura é apoiada, dentre outros, por nomes como Tomás Vieira Mário, Salomão Moyana, Filipe Mabutana e outros.

Evidências apurou que há esforços por parte da actual direcção para tentar inviabilizar sua candidatura, no que é entendido como uma vingança pessoal, por ter sido o primeiro a criticar abertamente, através de um artigo, a perpectuação no poder do actual elenco e o facto de não haver eleições há mais de 10 anos, o que contribuiu para afugentar jornalistas mais jovens da organização.

Com a campanha ainda a portas, o Evidências não conseguiu obter os manifestos de todos os candidatos, mas interceptou as linhas mestres do manifesto de Alexandre Chiure, que se propõe a dialogar com a entidade patronal para acabar com casos de jornalistas que trabalham sem contrato de trabalho; negociar salário mínimo para jornalistas; negociar a uniformização de carreira profissional para jornalistas (tem que vigorar uma e única no país).

Igualmente, propõe-se a resolver com a entidade patronal o problema de progressão de jornalistas nas carreiras profissionais  estagnadas; negociar sedes para secretariados provinciais do SNJ junto dos governos provinciais, secretarias de estado e municípios; negociar assistência médica e medicamentosa, incluindo um check-up anual; negociar com um escritório de advogados para a defesa de jornalistas; estabelecer como obrigatório o pagamento de seguro de vida para jornalistas em viagens de serviço por parte do patronato.

Mais do que isso, propõe-se a liderar negociações com o patronato de melhores condições de trabalho; estabelecer como regra que o pagamento das quotas seja na base de retenção na fonte, para além de introduzir outras plataformas de pagamento, bem como lançar pela primeira vez a página web e boletim informativo do SNJ.

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