O Governo e os médicos encabeçados pela Associação Medica de Moçambicana (AMM) continuam de costas voltadas. Os últimos pronunciamentos do Executivo atiçaram a rivalidade entre as duas partes. O Provedor da Justiça, Isaque Chande, mostrou-se preocupado com a situação, tendo defendido que o Governo e os profissionais de saúde devem retomar o diálogo para o bem do interesse nacional.
Texto: Redacção
Se por um lado, o Governo pretende reduzir o subsídio do trabalho em regime de turnos e de cada hora de serviço no trabalho noturno bem como contratar 60 médicos com suprir o défice causado pelos médicos que aderiram à greve. Por outro, a Associação Medica de Moçambique anunciou que tudo fará, dentro da lei, para que os seus direitos e interesses reflectidos no caderno reivindicativo sejam respeitados e satisfeitos.
Olhando para o actual estágio do Sistema Nacional de Saúde, o Provedor de Justiça, Isaque Chande, defende que as duas partes devem retomar as negociações com vista a chegarem a bom porto o que, de certa, é para o bem do interesse nacional.
“É um processo negocial que não está fechado. Vamos todos rezar para que as linhas de diálogo se mantenham entre o Governo e a Associação Médica no interesse nacional. Queremos ter os nossos médicos a trabalharem e as populações com acesso à saúde”, disse Chande citado pelo Jornal o País.
O titular da instituição cuja função é garantir os direitos dos cidadãos, a defesa da legalidade e da justiça na actuação da Administração Pública foi parco nas palavras quando foi convidado a comentar sobre a ideia de contratar 60 médicos, tendo reiterado que tudo deve ser resolvido na base do diálogo.
“É verdade que as posições estão a extremar-se, mas não há nada que não possa ser resolvido no âmbito da negociação. Não cabe a mim avaliar (a contratação dos médicos). É uma decisão soberana do Governo enquanto órgão de soberania”, declarou o Provedor de Justiça.
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