O crime organizado, com destaque para os raptos, continua a semear medo e terror nos principais centros urbanos do país. O recrudescimento dos raptos preocupa sobremaneira o sector empresarial que muitas vezes já veio ao terreno exigir ao Governo medidas arrojadas para acabar com o fenômeno. Na sua versão dos factos, o Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos vinca que a onda dos raptos da Cidade de Maputo não deriva de falhas na actuação do sistema nacional de justiça.
O Ministro do Interior, Pascoal Ronda, defendeu, recentemente, a criação de uma lei específica sobre o crime de raptos, sendo que a mesma deve olhar para o agravamento das molduras penais para desencorajar este fenômeno que já precipitou a saída de muitos empresários do país.
Entretanto, o Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, através do seu Secretário – Permanente, Justino Tonela, vincou que o recrudescimento dos raptos não significa falhas na sua actuação.
“Não existem falhas no sistema de justiça, porque todos aqueles que foram investigados e detidos, foram a julgamento e condenados”, disse Justino Tonela para posteriormente acrescentar que há muitas pessoas que estão a ver o sol aos quadradinhos pela prática deste tipo legal de crime.
Tonela, que falava durante a reunião das Comissões de Trabalho para Discutir o Reforço do Notariado e Segurança Jurídica de Documentos e Processos Legislativos entre os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), apontou, por outro lado, que a actuação do sistema de justiça moçambicano é plena e o Estado penaliza todos os indivíduos envolvidos.
Refira-se que, no corrente mês de Julho, os raptores fizeram duas vítimas em menos de uma semana na Cidade de Maputo.

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