A cabeça – de – lista do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Fátima Mambire, assumiu o descalabro no pleito eleitoral em curso ao nível da província de Maputo. Fátima Mimbire alega que houve fraude para favorecer a Frelimo e, por outro lado, apela aos órgãos de administração eleitoral para dar a César o que é do César, ou seja, proclamarem Venâncio Mondlane como novo Presidente da República porque foi a escolha do povo.
Na contagem preliminar ao nível da Província de Maputo o MDM surge na quarta posição. No entender da Fátima Mimbire, as eleições não correram bem, visto que houve sabotagem ,enchimento de urnas, invalidação intencional de votos, intimidação, violência e falsificação de editais o que, de certa forma, afectou a credibilidade do processo, na generalidade, e, só terá impacto no número de assentos nas Assembleias Provinciais e na Assembleia da República.
Ciente de que o MDM dificilmente vai reverter o rumo dos acontecimentos, Mimbire assumiu a derrota e referiu que que vai respeitar a escolha do povo da Província de Maputo.
“Porque a fraude é inviável diante da participação massiva dos eleitores, tudo isso não deu vitória à Frelimo e estão a tentar modificar os resultados, prejudicando-nos ainda mais.
Intencionalmente, não irei falar de números para poder desmarcar qualquer tentativa de desvirtuar os resultados, em momento oportuno e no fórum próprio. Apesar disso, pela tendência dos votos, há que reconhecer que o povo, no exercício do poder soberano que lhe é garantido pela Constituição da República, fez uma escolha para o governo da província de Maputo. E a escolha não fomos nós e o nosso programa de governação. Ainda que seja doloroso, porque realmente queríamos governar, confiámos na escolha do povo, e a respeitamos”, lê-se nas redes sociais da cabeça-de-lista do MDM.
A contagem preliminar em todo território nacional aponta que Venâncio Mondlane tem uma ligeira vantagem sobre Daniel Chapo. No entanto, enquanto se espera pela divulgação dos resultados a nível distrital e geral, Fátima Mimbire não tem dúvidas de que Venâncio Mondlane foi o escolhido para ser o sucessor de Nyusi na Ponta Vermelha, apelando, por isso, ao PODEMOS para a confiança que mereceu dos moçambicanos.
“O povo escolheu o Venâncio Mondlane e, por isso, votou na lista do PODEMOS. É irrefutável a vitória e há que dar a César o que é de César. Espero que o PODEMOS faça jus à confiança que mereceu do povo e lute até ao último minuto para honrar essa confiança. Espero, ainda, que dê exemplo de boa governação, porque se governa mal, neste país. Por um lado, por descaso e impunidade, e, por malignidade reveladas pela corrupção, intolerância, negligência, arrogância, ódio, retaliação e exclusão, por outro. Esquecem que somos filhos desta terra”.
A cabeça-de-lista do Movimento Democrático de Moçambique na Província de Maputo apelou, por outro lado, a Frelimo e o seu candidato, Daniel Chapo, para respeitarem a vontade do povo expressa através das urnas.
“Estou profundamente feliz, porque um dos maiores círculos eleitorais do país acaba de ser liberto das mãos da Frelimo. Isso dá-me muita paz e gozo. Espero que a Frelimo, que tem Chapo como Secretário-geral, que diz que é contra a corrupção, seja fiel ao que disse ao longo dos 45 dias, e deixe que, aqueles que o povo escolheu governem, de facto. E que os assentos parlamentares e para a Assembleia Provincial conquistados pela oposição seja respeitados. Será o primeiro teste de seriedade”.
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