Venâncio Mondlane, que para a Comissão Nacional de Eleições e Conselho Constitucional terminou a corrida eleitoral na segunda posição atrás de Daniel Chapo, anunciou, nesta sexta-feira, 17 de Janeiro, as medidas governativas para os 100 dias como Presidente da República genuinamente eleito pelo povo. No rol das medidas destaca-se a redução de 50% da tarifa de energia, financiamento de 500 milhões de dólares para empresários que perderam quase durante as manifestações, encerramento das portagens e isenção do IVA para produtos básicos tais como arroz, açúcar, sabão e óleo, sendo que em caso dessas medidas não serem implementadas pelo Executivo de Chapo ameaça reativar as manifestações em todo território nacional de forma mais intensa.
No dia que completou o 51º aniversario natalício, Venâncio Mondlane anunciou trégua nas manifestações e anunciou medidas que devem ser implementadas nos próximos 100 dias.
Como primeira medida, Mondlane exigiu que haja uma compensação financeira de 200 mil meticais para todas famílias que perderam seu entequeridos na sequencia dos disparos da Polícia da República de Moçambique.
Durante os primeiros 100 dias da sua governação, Venâncio Mondlane defendeu, para além do encerramento de todas portagens, que nenhum moçambicano deve pagar a tarifa de agua e que o saco do cimento deve estar abaixo de 300 meticais.
Nos últimos anos, o custo de vida subiu vertiginosamente o que, de certa forma, sufocou os nascidos na pérola do indico. Para aliviar o sofrimento do povo, nas medidas anunciadas, Mondlane exigiu que isenção do IVA para produtos básicos, nomeadamente, arroz, açúcar, óleo e sabão.
Dados das organizações da sociedade civil apontam que a Polícia da República de Moçambique matou mais de 300 pessoas em todo território nacional. Nos próximos 100 dias, em caso de um agente da polícia matar um popular, segundo VM, irá pagar pela própria vida, visto que vai entrar em vigor a Lei do Talhão, por sinal a mesma usada nos tempos de Moisés.
Ainda no rol das medidas para os primeiros 100 dias de governação, Venâncio Mondlane exige que todos projectos de mineração que matam a população, tendo dado exemplo da exploração de carvão mineral em Moatize, província de Tete, devem ser suspensos.
Relativamente a tarifa de energia, Mondlane apontou que a mesma deve ser reduzida na ordem de 50% porque a “Cahora Bassa é nossa”.
Para estimular a recuperação econômica, uma vez que muitos empresários perderam seus negócios na sequencia de saques e vandalizações durante a última etapa das manifestações, VM é apologista da criação de um financiamento de 500 milhões de dólares e outro de 600 milhões para financiar projectos desenhados por jovens e mulheres.
O segundo candidato mais votado nas Eleições Gerais, realizadas no dia 09 de Outubro, advertiu que em caso das medidas anunciadas serem ignoradas pelo Executivo de Daniel Chapo as manifestações vão regressar de forma intensa.
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