O Presidente da República, Daniel Chapo, reuniu-se, na segunda-feira, 27 de Janeiro, com os partidos políticos com representação na Assembleia da República e na Assembleia Provincial com o objectivo de pacificar o país na sequência da crise pós – eleitoral. No final do encontro, o Chefe de Estado anunciou que chegou a um acordo com as quatro formações políticas, nomeadamente, PODEMOS, Renamo, MDM e Nova Democracia, sobre os termos de referência que irão guiar reformas cruciais para a estabilidade política, económica e social do país.
De acordo com Daniel Chapo, uma das exigências dos partidos da oposição foi a revisão da Lei Eleitoral e o fortalecimento do processo de descentralização de modo a evitar o que aconteceu no último processo eleitoral.
“O nosso objectivo é a paz, a segurança, a estabilidade (económica, social e política) para que juntos continuemos a desenvolver o nosso país, Moçambique, que é a casa de todos nós. Este é que é o principal objectivo”, declarou Daniel Chapo.
Com o acordo alcançado, Chapo apontou que o próximo passo será formalizar as decisões tomadas na reunião num documento que será assinado pelos líderes do PODEMOS, Renamo, MDM e Nova Democracia,
“Trabalhámos durante esta tarde no âmbito do seguimento do diálogo político e temos termos de referência para trabalhar-se no documento, documento este que pode terminar depois de todo o consenso formulado, com assinaturas, como um compromisso concreto das lideranças”, afirmou.
Para além da revisão da Lei Eleitoral, outra questão que esteve em discussão durante o encontro foi o fortalecimento do processo de descentralização foi apontado como prioritário, de forma a aproximar a governação dos cidadãos e promover maior participação nas decisões locais.
“É um consenso que vai levar-nos a aprimorar muitos aspectos que possam levar-nos a reformas. Nós temos ouvido a necessidade da reforma da Lei Eleitoral, que é um exemplo concreto”, explicou Chapo.
Visando garantir que as reformas que visam estabilizar o país sejam amplamente debatidas e legitimadas, o Chefe de Estado defendeu a inclusão de todos os estratos da sociedade moçambicana no diálogo, ou seja sociedade civil, sector privado, lideranças comunitárias e religiosas, comunicação social, jovens e mulheres.

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