O ministro da Defesa de Moçambique, Cristóvão Chume, reconheceu que a onda de manifestações em protesto contra os resultados eleitorais trouxe lições para as Forças de Defesa e Segurança melhorarem reformas profundas não só no âmbito da Política de Defesa e Segurança. Chume defendeu, por outro lado, que é necessário maximizar as sinergias de cooperação bilateral e multilateral entre os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Discursando à margem da tomada de posse do coronel João Pires, como novo director do Centro de Análises Estratégicas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CAE-CPLP), Cristóvão Chume apelou a uma responsabilidade primária e atenção à actualidade, sobretudo nas mudanças repentinas da situação política, económica e de segurança no ambiente estratégico interno e internacional.
A onda de manifestações em protesto contra os resultados das Eleições Gerais culminou com a vandalização de infrastruturas públicas e privadas. Para Chume, os protestos pós – eleitorais trouxeram lições para as Forças de Defesa e Segurança.
“As lições, por aprofundar, da resposta das Forças de Defesa e Segurança face aos actos de rua assistidos devem servir para melhorar reformas profundas não só no âmbito da Política de Defesa e Segurança, mas, certamente do sector de segurança como um todo, desde a necessidade de formação para acompanhar a evolução meteórica da sociedade, hoje cada vez mais exposta às redes sociais”, disse o ministro da Defesa.
Para além de destacar a necessidade de se apostar num investimento público no equipamento para atender a atipicidade das ameaças e riscos da actualidade, Cristóvão Chume reconheceu a exposição das FDS ao sufrágio popular, tendo, por isso, apelado à não prevalência do discurso de egoísmo quando se trata de segurança colectiva.
“Este cenário vivido no nosso país não é novo na nossa Comunidade. Neste contexto o CAE-CPLP deve combinar as diferentes leituras dos riscos e ameaças desta natureza, que propiciam os Serviços de Segurança Interna, Segurança de Estado e Forças Armadas a aprenderem entre elas sobre as melhores formas de prevenir, conter e até combater violência de rua e nas redes sociais resultante de eventos políticos e sociais nefastas à Unidade do Estado”, afirmou.

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