O presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), Anselmo Muchave, denunciou supostas ameaças e perseguições contra membros da organização, após o anúncio de uma possível retomada da greve no setor. De acordo com informações obtidas pelo Evidências, homens armados teriam visitado, por dois dias consecutivos, a residência do delegado provincial de Gaza, Almirante Oliveira, obrigando-o a deixar sua casa por temer pela própria segurança e a de sua família.
As ameaças surgem depois que a APSUSM deu um ultimato ao governo, estabelecendo um prazo de 20 dias para a resolução das reivindicações dos profissionais de saúde. Caso contrário, a greve será retomada.
“Recebi uma ameaça na minha residência. No dia 11, por volta das 21h, dois indivíduos estranhos apareceram à minha procura. No dia seguinte, por volta das 21h45, retornaram. Minha cunhada e minha sobrinha estavam em casa. Eles ameaçaram minha cunhada com uma arma, dizendo que, se estivesse escondendo informações, iriam atirar nela. Forçaram-na a colaborar e chegaram a espreitar dentro da residência, mas ela não permitiu que entrassem nos quartos”, declarou, Almirante Oliveira, delegado provincial de Gaza.
iante da gravidade da situação, Oliveira decidiu abandonar sua residência. “Estamos com medo de trabalhar, medo de ir ao serviço. Os indivíduos eram fortes, vestiam roupas pretas e estavam armados. Não sabemos quem são, minha cunhada não conseguiu reconhecê-los.”
A APSUSM reforça a preocupação com a segurança de seus membros e exige medidas para garantir sua integridade.

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