O estadista moçambicano, Daniel Chapo, revelou, nesta quinta-feira, em Marracuene, província de Maputo, que já foram identificados os rostos dos manifestantes que, segundo ele, têm prejudicado a economia nacional, bem como a livre circulação de pessoas e bens.
Face a esta situação, o chefe de Estado reiterou a actuação das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e das autoridades judiciais para lidar com os responsáveis pelas manifestações.
O Presidente falava no encerramento do 20º Curso de Licenciatura e da 7ª Edição dos Cursos de Mestrado em Ciências Policiais, na Academia de Ciências Policiais (ACIPOL), em Maputo.
“Hoje, felizmente, estes rostos que atentam contra a livre circulação de pessoas e bens, que destroem bens públicos e privados, prejudicando a nossa economia, estão bem identificados e são conhecidos pelas nossas Forças de Defesa e Segurança (FDS), pela população e pelas autoridades judiciais, que saberão aplicar esse conhecimento nos termos e limites da lei”, declarou.
Num passado recente, Daniel Chapo prometeu utilizar todos os mecanismos necessários para travar o terrorismo e as manifestações no país, chegando a afirmar que essa luta poderia envolver derramamento de sangue.
“Tal como estamos a combater o terrorismo, e há jovens que estão a derramar o seu sangue pela integridade territorial de Moçambique, pela soberania de Moçambique e para manter a nossa independência, aqui em Cabo Delgado, mesmo que seja necessário jorrarmos sangue para defender esta pátria contra as manifestações, vamos jorrar sangue”, declarou.
Desde Outubro passado, Moçambique tem sido palco de manifestações em protesto contra os resultados eleitorais anunciados pela Comissão Nacional de Eleições e pelo Conselho Constitucional.
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