APSUM desmente Chapo e reitera que não há medicamentos no Sistema Nacional de Saúde

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O Presidente da República declarou, recentemente, no âmbito do balanço dos primeiros 100 dias de governação que há disponibilidade de medicamentos em todas unidades sanitárias do País. Entretanto, na segunda-feira, 05 de Maio, Associação dos profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), através do seu presidente, Anselmo Machave, veio ao terreno desmentir o Chefe de Estado, declarando que o Executivo está a tentar mascarar a todo custo a realidade que se vive nas unidades sanitárias.

Associação dos profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) decidiram retomar a greve depois das negociações com o Executivo não terem chegado a bom porto.

Nas mais recentes declarações à imprensa, o presidente da APSUSM, Anselmo Machave, lembrou que a agremiação por si liderada iniciou em Junho de 2023 o diálogo com o Governo com vista a solução das exigências constantes do seu caderno reivindicativo tendo culminado com uma trégua que ia até ao dia 5 de novembro de 2023.

No entanto, em Abril do ano em curso, os profissionais de saúde decidiram retomar a greve como forma de pressionar o Executivo a cumprir com o grosso das suas reivindicações que vão desde melhoria de condições salariais, melhores condições de trabalho e pagamento de subsídio de risco.

Relativamente à greve em curso, Associação dos profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) veio pedir perdão ao povo moçambicano pelas vidas que foram ceifadas na primeira etapa da greve, denunciado que o Governo deu ordens aos directores para cortarem ilegalmente os salários.

“Esta nova greve início no dia 17 de Abril de 2025 e que dividimos em fases para não prejudicar um povo que tanto sofre com este governo, viemos pedir perdão ao povo por termos tidos várias vidas perdidas durante Estes 4 dias do encerramento total  das unidades sanitárias  e  viemos agradecer os colegas que aderem em massivamente a esta greve e demonstram claramente que as manobras de ameaças que são perpetuados pelos Directores já não tem impacto e a estratégia que o governo havia preparado que era de cortar  ilegalmente os salários,  não tem efeitos devido a modalidade que irá nos levar ao encerramento total das unidades sanitárias como fizemos nestes 4 dias passados, que foram um sucesso e que tivemos  impactos positivos  para Associação e negativos para o povo, como ditam as imagens”.

No balanço dos primeiros 100 dias de governo, o Chefe de Estado, Daniel Chapo, garantiu que o Sistema Nacional de Saúde está sendo abastecido com medicamentos. Contudo, o presidente da APSUSM, Anselmo Machave, referiu que o discurso de Chapo contrasta com o que se vive nas unidades sanitárias.

“APSUSM tem conhecimento que o governo quer tentar mascarar a  realidades nas unidades sanitárias, informando a  alguns profissionais de saúde que devem escrever qualquer tipo de medicamentos não compatíveis a patologia do paciente caso Estes medicamentos não existam,  assim far-se-á perceber que as unidades têm medicamentos enquanto que não e apelamos a maior atenção dos pacientes nas receitas que são dadas  nas unidades sanitárias neste período da greve após uma consulta ou ao ir a uma farmácia”.

Apesar das fortes ameaças que tem sido alvo nos últimos dias, os profissionais anunciaram um nova fase da greve denominada fase cirúrgica e o plano passa por continuar a nao fazer horas extras.

“A nova fase será uma fase que  ira-se Denominar  fase cirúrgica onde continuamos  sem fazer horas extras ordinárias e turnos , continuaremos a fazer o horário único das 7h as 15h30, e redução do ritmo do trabalho  uma hora por paciente. Reiteramos nos  predispusemos a lutar em prol dum SNS que efectivamente preste cuidados de saúde dignos, oportunos e com zelo profissional ao povo moçambicano, então não nos deixaremos abalar por estas tentativas de manipulação da opinião pública . Usaremos os meios legais que pudermos para forçar o governo  a agir em prol da saúde do povo, pois para nós é inaceitável e não é normal a pouca vergonha que se vive nas nossas US no concernente ao funcionamento das mesmas”, concluiu Anselmo Machave.

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