Dane Kondic assume liderança da LAM com mandato de um ano

DESTAQUE POLÍTICA
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A nomeação de Dane Kondic para liderar a reestruturação das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) marca um novo capítulo na história da companhia, com o gestor internacional a assumir o comando da Comissão de Gestão por um período de apenas 12 meses. Este é o tempo estimado para a execução da actual fase de transformação da empresa, após anos de dificuldades financeiras e operacionais.

Com uma carreira de 35 anos na aviação internacional, incluindo passagens pela Air Serbia e EuroAtlantic Airways (curta passagem), há indicações de que Kondic foi indicado pela empresa Knighthood Global, contratada por proposta da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), uma das três novas acionistas da LAM. Este mandato limitado é um dado curioso, tendo em conta a complexidade do processo de reestruturação e o grau de intervenção executiva esperado da liderança, mas em comunicado, a LAM esclarece “que para a contratação do gestor definitivo será lançado um concurso público internacional”.

Outro aspeto que desperta atenção é o papel assumido pelos representantes das três empresas acionistas – HCB, EMOSE e CFM. Embora formalmente enquadrados num Conselho de Administração Não Executivo, na prática, os seus indicados têm funções executivas no quotidiano da empresa. A HCB destacou Knighthood Global (Dane Kondic); a EMOSE indicou Lucas Francisco, que assume o pelouro Financeiro e Comercial; enquanto os CFM resgataram o comandante Hilário Tembe, agora à frente da área Operacional e Técnica.

Cada acionista participou diretamente na formação da nova Comissão de Gestão, um órgão que acumula competências críticas nas áreas técnica, operacional e de governação financeira, com vista à recuperação da sustentabilidade e reputação da LAM.

O clima interno, por sua vez, é de ânimo e alívio entre os trabalhadores. Após um longo período de instabilidade e decisões controversas, a nova gestão tem sido vista como um passo na direção certa. Um dos episódios mais simbólicos dessa correção é o regresso de Hilário Tembe, anteriormente exonerado numa decisão considerada precipitada e mal recebida internamente. À época, os trabalhadores denunciaram publicamente práticas de má gestão e chegaram a marchar até ao gabinete do então ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, em protesto.

Hoje, mesmo com os desafios que ainda persistem, respira-se um ambiente de esperança na companhia. O envolvimento direto de figuras experientes e a perceção de maior transparência na gestão reforçam a confiança de que, independentemente dos resultados a curto prazo, as bases para uma LAM mais sólida e profissional estão a ser lançadas.

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