Após ser absolvido em tribunal, Arlindo Chissale acusa membros da Renamo de perseguição

Jornalista e político que era acusado de terrorismo

O então jornalista e agora político, Arlindo Chissale, que em finais do ano passado foi acusado de comprar casas para acomodar terroristas, foi absolvido pelos Tribunais Judiciais dos distritos de Balama e Nacala, nas províncias de Cabo Delgado e Nampula. Agora acusa alguns membros da Renamo de o estarem a perseguir.

Adolfo Manuel, Pemba

A absolvição de Arlindo Chissale, fundador da plataforma Pinacle News e membro da Renamo, é o culminar de um processo movido pela Procuradoria Provincial de Cabo Delgado, após sua detenção em Novembro do ano passado, em Balama, sob suspeita de recolha de informação para atos de terrorismo.

Entretanto, Arlindo Chissale conseguiu provar em tribunal que não tinha nenhuma ligação com os grupos armados que desde Outubro de 2017 semeiam luto e terror na província de Cabo Delgado.

Ao Evidências, Chissale contou que o Ministério Público o processou na base de denúncias falsas e testemunhos maldosos de membros da Frelimo e secretários dos bairros Marimba A e B, respetivamente. Igualmente, denuncia alguma perseguição de alguns membros do seu partido, que o viam como um alvo a abater.

É que Chissale ambicionava ser cabeça-de-lista da Renamo no município de Balama, o que o tornou indesejável para alguns membros que já estavam de olhos no posto, razão pela qual terão supostamente engendrado uma estratégia para o tirarem de cena, de tal sorte que não mereceu a confiança do partido liderado por Ossufo Momade.

“Estou em Balama há seis meses para preparar a minha candidatura, mas há um grupo de membros da Renamo que me quer ver morto, e eu vou lhes mostrar quem eu sou”, prometeu Chissale, para depois acusar os delegados distritais e provinciais de extorquir pessoas com promessas de integração no processo de DDR.

Arlindo Chissale acusa alguns membros do maior partido da oposição ao nível do distrito de Balama de perseguição, prometendo que vai lutar até às últimas consequências.

“Não se perdoa a quem não pede desculpas e muito menos reconhece as falhas, daí que vou lhes mostrar a minha capacidade”, declarou.