Supostos nativos incendeiam lodge e ameaçam por fogo em mais estâncias turísticas em Vilankulo

DESTAQUE ECONOMIA
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  • Confessam terem incendiado o lodge que ardeu a dias supostamente em reivindicação de emprego

Uma atmosfera de terror e incerteza paira sobre o setor de turismo em Vilankulo, Inhambane, após supostos nativos terem emitido um aviso ameaçando incendiar estâncias turísticas sediadas na área costeira, em particular a região de Chigamane, alegadamente em reivindicação de vagas de emprego e oportunidade de estágio nos lodges eresorts ali instalados. Na missiva que o Evidências teve acesso, os supostos nativos confessam ter ateado fogo num lodge que foi reduzido a cinzas a dois dias atrás.

Supostos membros da comunidade de Chigamane, através de um comunicado datado de 28 de maio de 2025, distribuído em todas as estâncias turísticas, deram um ultimato às empresas turísticas, ameaçando incendiá-las se não forem imediatamente empregados nas diferentes estâncias.

“A comunidade de Chigamane avisa à todas empresas da área de turismo que operam nesta comunidade, que pretende voltar a fazer greve, uma vez que desde que fez greve em Janeiro até ao momento as empresas não resolveram nada. Exigimos emprego e diferentes tipos de estágio, como: cozinhar para os clientes, arrumar quartos, servir refeições aos clientes”, lê-se no comunicado.

Há cerca de dois dias, um resort, vizinho do Vilas do Índico foi incendiado por desconhecidos. Na sua missiva, os supostos nativos confessam terem ateado fogo e prometem endurecer o tom nos próximos dias.

“Na semana passada queimamos de dia, da próxima será de madrugada. De forma amigável, convidamos as empresas para que cumpram com as suas obrigações, e nós como comunidade só exigimos os nossos direitos, porque sem isso não haverá paz nesta comunidade (…) Resolvam isso antes que o pior aconteça”, ameaçam.

Segundo eles, este aviso é uma continuação da greve iniciada em Janeiro, que, segundo a comunidade, não teve as suas demandas atendidas pelas empresas.

O incidente, ocorrido há poucos dias, marca uma escalada dramática nas tensões entre os supostos nativos e operadores turísticos da região.

Este cenário representa um perigo iminente e devastador para o turismo em  Vilankulo e à economia do País, numa altura em que o sector se encontrava a recuperar de uma resseção causada pelas manifestações pós eleitorais e pela exposição do terrorismo em Cabo Delgado, que geraram receio por parte de turistas estrangeiros.

A ameaça de novos incêndios e a instabilidade gerada pela situação podem afugentar turistas e investidores, comprometendo a sustentabilidade de todo o parque turístico da região.

Operadores de resorts e lodges vivem agora sob a constante apreensão de serem os próximos alvos, um clima de insegurança que inviabiliza a continuidade das suas operações e a proteção dos seus ativos, incluindo a segurança dos seus hóspedes.

 Refira-se que num passado recente, um outro grupo, associado a uma empresa imobiliária conhecida por incitar levantamentos de supostos nativos, para depois promover ocupação de terras  a pretexto de ajudar os jovens, incendiou estâncias turísticas em vários pontos do País.

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