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A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) pediu, nesta terça – feira, 03 de Junho, ao Presidente da República, Daniel Chapo, para ordenar a retirada da Unidade da Intervenção Rápida (UIR) da sua sede, situada na Cidade de Maputo. Por outro lado, a força política liderada por Ossufo Momade, lembrou que em vida Afonso Dhlakama sempre negou a proteção das unidades policiais.
A RENAMO repudiou, mais uma vez, a actuação da Policia da República de Moçambique contra os seus ex-guerrilheiros na sua em Maputo. Para a perdiz, configura uma humilhação e, por isso, exorta ao Chefe de Estado para ordenar a retirada dos agentes da lei e ordem.
“O ataque configura uma violação, configura uma humilhação, configura, acima de tudo, um desprezo e, acima de tudo, desvalorizar os esforços que foram feitos e que têm sido feitos para a manutenção da paz, reconciliação nacional entre os moçambicanos. Seguidamente, apelar ao Presidente da República, Dr. Danilo Chapo, na sua qualidade de Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança. Senhor Presidente, a ocupação, a manutenção ou a transformação da Sede Nacional de RENAMO em uma posição policial não resolve os problemas da paz. Nós queremos a paz com os moçambicanos e a Sede Nacional constitui o ponto essencial para o comando das actividades do nosso partido”, disse o porta- voz da Comissão Política da RENAMO, Alfredo Magumisse.
Ainda no rol dos argumentos para convencer o Presidente da República a ordenar a retirada da Unidade de Intervenção Rápida da sua sede, o agora segundo maior partido da oposição em Moçambique, se por um lado, aponta que nunca confiou nas forças policiais. Por outro, lembra que em vida Afonso Dhlakama nunca aceitou ser protegido pelos agentes da lei e ordem destacados pelo Governo.
“Queremos pedir o seu bom senso, queremos pedir que ponha a situação para remover a Unidade Policial da Sede de RENAMO e permitir que haja trabalho normal. Seguidamente, condenar também a qualquer que seja membro da RENAMO ou simpatizante que tenha colaborado para que o ataque da Força de Intervenção Rápida acontecesse na Sede de RENAMO, é de condenar. Como sabeis, a RENAMO nunca deu confiança ou nunca teve confiança com as forças policiais. Se se lembra, o Presidente Dhlakama, ainda em vida, negou a sua guarda e a guarda das instalações de RENAMO pelas unidades policiais. Exatamente porque ainda existe um espaço não claro entre a RENAMO e a polícia. Adiante, apelar ao Presidente Ossufo Momade para que no exercício e nas competências atribuídas pelos estatutos possam unificar a família RENAMO”.
Nas entrelinhas, Alfredo Magumisse advertiu que a ocupação da sede beneficia aos guerrilheiros e muito menos Ossufo Momade, mas sim prejudica o próprio, revelando, sem mencionar nomes, que a actual situação beneficia a terceiros e, por isso, Momade deve colocar a mão na consciência para unificar o partido.
Aliás, Magumisse lembra que “os estatutos definem ou dão uma das atribuições ao Presidente do Partido o garante da unidade e coesão internas”.
“Apelo para que o Presidente Ossufo ponha mão da consciência e reconcilie a família RENAMO. Reconciliar a família RENAMO significa convocar uma reunião do Conselho Nacional alargada a todos os membros, a todos os quadros, para que possamos discutir de forma descomplexada, de forma franca, de forma sincera os problemas que hoje nos afetam. Não há ex-guerreiros, não há políticos. Todos somos uma família, a família RENAMO. E o que tem que garantir esta coesão é o Presidente do Partido.O Presidente não pode pertencer a nenhum dos grupos ou a nenhum dos setores dentro do Partido. Tem que unificar. Portanto, queremos pedir para que o Presidente Ossufo Momade o mais rápido possível convoque o Conselho Nacional alargado”.

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