Share this
Durante a IV Reunião da Associação dos Combatentes da Luta Democrática (ACOLD), realizada em Maputo, o delegado político da RENAMO, Domingos Gundana, enalteceu a capacidade de liderança do presidente Ossufo Momade na gestão de tensões internas que ameaçam a coesão do partido. Na mesma sessão acusou alguns membros de “escamotear” a disciplina partidária da RENAMO.
Falando em representação do presidente da ACOLD, Gundana reconheceu que, apesar de alguns membros estarem a “escamotear” a disciplina partidária e a encerrar delegações da RENAMO em nome de liberdades individuais, o líder do partido tem sabido conduzir o processo com sabedoria, promovendo o diálogo e o espírito de paz interna.
“Alguns irmãos continuam a escamotear a disciplina partidária e até a disciplina que outrora aprendemos nas fileiras militares em nome das liberdades individuais, usando alguns combatentes do passado e os do processo DDR, Estes fecham as delegações, ou seja, estão a encerrar as actividades do partido. Isso desvirtua a nossa luta e a forma de estar e ser de um combatente da RENAMO. Mesmo assim, e como no passado, Sua Excelência, General Ossufo Momade, presidente do partido, está sabendo administrar os assuntos na busca de soluções permanentes através do espírito de paz interna e foi assim que vimos brigadas de generais irem ao encontro dos nossos irmãos acampados na sede do partido RENAMO (…)”, disse Gundana.
O delegado político da perdiz reconheceu que, o encontro decorre num momento crítico para o partido, marcado por manifestações de insatisfação entre alguns antigos combatentes, incluindo os do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR), que têm encerrado sedes e questionado decisões da direcção.
Domingos Gundana lamentou estas atitudes, considerando-as uma ameaça à essência do partido.
“A RENAMO foi construída com sacrifício, sangue e dor. Jamais um verdadeiro combatente pode atacar o seu próprio partido ou destruir os símbolos que representam a luta de milhares de companheiros tombados”, frisou.
Gundana reiterou o seu compromisso com a defesa dos princípios democráticos e apelou à disciplina e unidade entre os membros, sublinhando que a RENAMO é um partido político e não uma estrutura militar.
“Todos fomos desmobilizados e reintegrados na sociedade civil. Devemos respeitar os estatutos e agir como membros políticos comprometidos com a consolidação do partido”, enfatizou.
Em nome da associação, Gundana encorajou os combatentes a abandonarem acções divisionistas e a contribuírem para o fortalecimento da RENAMO.
“Esta é a herança deixada pelos nossos líderes históricos, André Matsangaissa e Afonso Dhlakama. Não lutamos para encerrar o partido, mas para garantir a sua existência e relevância no cenário político nacional”, concluiu.

Facebook Comments