Venâncio Mondlane volta a ser notificado pela PGR e critica actuação parcial

DESTAQUE POLÍTICA
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O ex-candidato presidencial, Venâncio Mondlane, foi novamente convocado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para prestar “esclarecimentos adicionais”, no que indica ser mais um episódio relacionado aos últimos acontecimentos do período eleitoral e pós-eleitoral de 2024-2025. Para Mondlane, as notificações da PGR, deviam abranger outros actores como a PRM, órgãos de gestão eleitoral e diversos, por exemplo, devido a sua complexidade.

Mondlane, uma das figuras mais sonantes da oposição nos últimos tempos, afirma já ter perdido a conta das notificações que recebeu da PGR. O político diz que não tem número exacto “mas passam de 30”.

À chegada à PGR, o ex-candidato afirmou à imprensa desconhecer os motivos específicos da notificação: “A notificação fala de esclarecimentos adicionais. Não faço a mínima ideia de que se trata. Venho aqui para saber o que a procuradoria precisa”, declarou.

O político diz encarar a notificação chamada com “ardor”, criticando o que considera ser uma abordagem parcial e injusta da justiça moçambicana: “A procuradoria olha para o problema que ocorreu no período eleitoral e pós-eleitoral de uma maneira unilateral”, afirmou.

Para o engenheiro está atitude representa uma “tentativa de desesperadamente reunir provas para tentar gravitar toda crise pós eleitoral” sobre ele.

O ex-candidato considera ainda que a PGR deveria incluir ou abranger outros actores políticos e institucionais: “Isso é uma questão multifacetada. Envolve os órgãos de justiça, os órgãos eleitorais, envolve a própria polícia que cometeu atrocidades de todos os géneros”, frisou.

Para Mondlane, a Procuradoria, enquanto guardiã da legalidade, tem falhado na sua missão ao não responsabilizar outros envolvidos: “Até este momento, não temos notícias com evidências de que as forças de defesa e segurança e seus oficiais tenham sido julgados neste processo”, lamentou.

Importa referir que esta não é a primeira vez que Venâncio Mondlane é chamado pela PGR. Numa das audições anteriores, o interrogatório terá durado cerca de 10 horas, igualmente marcado por algumas medidas ”rigorosas”.

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