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O funcionamento da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) em 2024 foi suportado por um orçamento global de 4,54 mil milhões de meticais, com uma forte dependência de fundos públicos e de doadores internacionais, conforme detalhado no Informe Anual do Reitor. O Orçamento do Estado (OE) constituiu a maior fatia, com 53% do total, seguido pelas Receitas Próprias (19%), Doações (15%) e Créditos (13%).
De forma consistente com anos anteriores, a Suécia manteve-se como o maior doador individual, contribuindo com 95% do total das doações recebidas pela universidade em 2024.
A maior parte do orçamento, 54%, foi alocada ao eixo de Ensino e Aprendizagem, enquanto a Investigação recebeu 21% dos fundos. O relatório nota com preocupação a alocação de apenas 3% para a Extensão e Inovação, um eixo considerado “imprescindível na imagem da instituição junto à sociedade moçambicana”. A taxa de execução orçamental global foi de 77%, uma diminuição em relação aos 91% de 2023, atribuída em parte a uma execução conservadora dos fundos de doações.
Para garantir a sua sustentabilidade, a UEM tem procurado activamente novas parcerias estratégicas. Em 2024, a universidade assinou memorandos de entendimento com o Standard Bank para financiar projectos de investigação, com o Instituto Nacional das Comunicações para a criação de uma futura Agência Espacial e recebeu apoio de entidades como a ROMPCO e o INCM para o apetrechamento das suas unidades. Entre as perspectivas futuras, a instituição destaca a necessidade de diversificar as fontes de financiamento



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