TotalEnergies volta a evocar questões de segurança para adiar primeira exportação de GNL

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Em Outubro de 2024, a TotalEnergies adiou oficialmente a data de início do projecto de exportação de GNL de Moçambique do primeiro trimestre de 2027 para o primeiro trimestre de 2029. No entanto, a multinacional francesa, apoiando-se nos casos de força maior e questões de segurança no local do projecto, revelou, recentemente, que o primeiro carregamento de GNL no seu projecto na bacia de Rovuma, província de Cabo Delgado, poderá não acontecer em 2029.

Depois de evocar razões de força maior em Março 2021, na sequencia de um ataque dos insurgentes à vila de Palma, a TotalEnergies tinha planos de retomar o seu projecto na bacia do Rovuma no ano passado o que, de certa forma, permitiria que a exportaçã de GNL iniciasse em 2029.

No entanto, um empréstimo de 4,7 mil milhões de dólares do Banco de Exportação e Importação dos EUA (EXIM) ainda não foi reaprovado, depois de a construção do projecto ter sido congelada em 2021.

Em Outubro, o CEO da Total, Patrick Pouyanne, disse aos investidores que a força maior só poderia ser levantada com o financiamento do projecto totalmente garantido e que três agências de exportação ainda não haviam confirmado seus empréstimos depois que a multinacional  negociou novos custos de reinicialização com os empreiteiros.

“A prioridade é restaurar a paz e a segurança em Cabo Delgado e o levantamento dos casos de força maior”, disse, recentemente, um porta-voz da TotalEnergies após uma reportagem do Financial Times sobre o atraso no cronograma.

Por sua vez, a  EXIM, citada pela Reuters disse, em Novembro do ano passado, que ainda estava a reavaliar o pacote de empréstimos alterado, juntamente com várias outras agências de crédito à exportação que se recusou a nomear.

Aliás, a EXIM inicialmente concordou em abre uma nova janela para financiar o projecto da TotalEnergies em Moçambique durante o primeiro mandato do Presidente Donald Trump. Contudo, os pedidos de alteração do empréstimo para reiniciar o projecto paralisado definharam sob a administração do Presidente Joe Biden, que restringiu amplamente os empréstimos para projectos de petróleo e gás no estrangeiro.

Por sua vez, o Presidente da República, Daniel Chapo, prometeu continuar a enviar soldados para proteger o local do projecto.

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