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- Mozambique Tourism Summit junta o mundo em Vilankulo
O município de Vilanculos, na província de Inhambane, considerada Capital Nacional do Turismo, é, entre os dias 03 e 04 de Novembro, o epicentro das ambições económicas de Moçambique, com a realização do Mozambique Tourism Summit 2025.
Luísa Muhambe
O porta-voz do evento, Danilo Nhantumbo, sintetizou a missão do Summit numa frase que define a urgência e a ambição da nova agenda governamental.
“O turismo é, hoje, para Moçambique, um novo petróleo, limpo, sustentável e inesgotável. O Mozambique Tourism Summit afigura-se um recomeço e relançamento da indústria do turismo na República de Moçambique,” disse.
A visão de Moçambique para o Summit de 2025, segundo ele, é a de criar um ambiente propício para a concretização imediata de negócios. O foco não é apenas em apertos de mão, mas em contractos assinados que alavanquem a infra-estrutura e a oferta turística nacional.
“Queremos assegurar que este será um Summit onde nós vamos sair do contacto ao contrato. Significa que existem potenciais investidores que vêm a Moçambique, com precisão, à província de Inhambane, em Vilanculo, para concretizar negócios,” afirmou.
Apesar do optimismo, o relançamento da indústria enfrenta um ambiente de extrema cautela e de sérias fragilidades na imagem externa do país. Moçambique continua a lidar com fenómenos que fragilizam a sua reputação global: a ameaça persistente do terrorismo em Cabo Delgado, a ocorrência de raptos em centros urbanos e, no plano micro, o desafio dos comportamentos cívicos, como o depósito inadequado de lixo.
O Governo reconhece a necessidade de reverter estes “aspectos negativos”, chamando a atenção para o papel insubstituível dos moçambicanos na construção desta nova imagem.
“Reconhecemos a necessidade de reposicionarmos Moçambique precisamente por conta desses aspectos negativos. Todos eles contribuíram negativamente para a imagem nacional e internacional de Moçambique, pelo que cada um de nós tem um papel a desempenhar neste processo, que é um processo incontornável.”
A chave para o sucesso desta viragem passa, inevitavelmente, pela segurança e pela percepção de estabilidade.
“Aliás, ninguém vai promover a imagem de Moçambique melhor que nós, moçambicanos. É nossa responsabilidade. E é uma responsabilidade acrescida para nós, enquanto jovens deste país, para que possamos perspectivar melhor os próximos 25 ou mesmo 50 anos”, defendeu.



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